Publicado em 06/12/2013 - geral - Da Redação
Envolvidos criavam empresas para gerar créditos tributários na região. Segundo polícia, esquema causou R$ 350 milhões de prejuízo.
Apesar de ninguém ter sido preso durante a ação, que contou com 22 policiais federais, 15 auditores fiscais e um analista da Receita Federal, foram apreendidos extratos bancários, computadores, pendrives e DVDs que devem ser analisados pela Polícia Federal.
De acordo com a Polícia Federal, as firmas envolvidas com o esquema ilícito agiam em Varginha e região e criavam empresas “fantasmas” em nome de terceiros para gerar créditos tributários por meio da venda de notas fiscais. O objetivo era garantir créditos do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“Essa quadrilha realizava uma fraude gigantesca, que constituía-se, basicamente, na formação de empresas fantasmas, que por meio da compensação indevida de créditos tributários conseguia os créditos dos programas”, disse o delegado da Polícia Federal, João Carlos Giroto.
Os golpistas usavam os créditos obtidos nos programas para quitar os próprios débitos tributários e pedir ressarcimento ao fisco. Como a empresa não tinha nota fiscal, eles simulavam a compra e a venda do café. Conforme a PF, as investigações partiram da Receita Federal. A fraude foi descoberta com o cruzamento de informações de empresas. Quando elas começavam a levantar suspeitas ao fisco, as empresas fictícias encerravam as atividades. Ao todo, foram dois anos de investigações até chegar aos envolvidos.
De acordo com o delegado Carlos Márcio Ortiz Pereira, foi identificado o prejuízo de R$ 350 milhões aos cofres públicos. “Não houve recolhimento de R$ 0,01 aos cofres públicos. Nada era pago e ainda pediam restituição de valores. Mas ainda estamos investigando e vamos tentar verificar todos os desdobramentos”, comentou.
As pessoas investigadas devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Fonte: EPTV