Publicado em 09/08/2019 - geral - Da Redação
Relação construída com respeito e trabalho gera crescimento e bons negócios
Empreender não é tarefa
fácil. Segundo dados do Sebrae, de cada quatro empresas abertas no País em
2018, uma fechou as portas. E para evitar que isso aconteça é sempre bom poder
ter uma mão amiga, um bom conselho e uma relação de afeto e confiança para
auxiliar na abertura e condução de um negócio. Na semana em que se comemora o
Dia dos Pais, o jovem empreendedor Daniel Fernandes, de 25 anos, e o pai dele,
Ademar Fernandes dos Anjos, 60, contam como a parceria entre pai e filho pode
render bons resultados.
O pai, Ademar, mora em
Jaíba, cidade que fica a 200 quilômetros de Montes Claros, onde o filho montou
o seu empreendimento, a Energymoc, microempresa da área de segurança
eletrônica. A distância, no entanto, não impede a dupla de trocar
ideias com frequência, principalmente, na hora de tomar uma decisão importante
sobre a gestão do negócio.
”Tudo que sou como homem e como
empreendedor devo ao meu pai. Desde criança, fomos muito amigos e cresci vendo
e aprendendo a trabalhar com ele. Não entendia nada da área elétrica, mas foi
atuando com meu pai que aprendi a gostar e buscar a formação superior nesse
ramo”, conta Daniel. Ele também procurou o apoio do Sebrae Minas
para aprimorar o negócio.
O empreendedor deixou
Jaíba para estudar em Montes Claros, onde concluiu o curso de Engenharia
Elétrica. Depois de trabalhar algum tempo como autônomo, decidiu abrir seu
próprio negócio. Foi aí que, com o apoio e o incentivo do pai Ademar nasceu a
Energymoc, situada no Bairro Planalto, na região Norte da cidade. O pai repassa
para o filho a sua experiência, pois ele também tem uma loja do mesmo ramo em Jaíba,
onde Daniel já trabalhou.
O jovem destaca que hoje
decide e comanda a empresa, mas o suporte recebido do pai é fundamental
para gerir bem o negócio. “Tenho a consciência de que os conselhos dele, junto
com a força, o apoio psicológico, afetivo e, até mesmo, o financeiro, me dão
confiança para seguir em frente. Nós moramos e trabalhamos separados, mas
decidimos tudo com a aprovação um do outro, é uma troca diária”, revela o
microempresário, que conta ainda com o apoio das irmãs Ana Cláudia, 22 anos, e
Alice Santos, 19.
Exemplo e legado
“Em tudo que envolve
negócios, é preciso ter confiança e ninguém merece mais a minha confiança
que o Daniel. Nossa relação vai além de pai e filho, somos amigos. Discutimos
tudo e nenhum é superior ao outro, nossa relação é de igual para igual. Já
passei muitos ensinamentos para ele, mas hoje, o Daniel tem formação superior e
conhecimento técnico. Ele é quem me ensina. O que tento ensinar agora é mais a
questão da experiência e da vivência na hora de fechar um negócio”, ressalta
Ademar Fernandes.
O morador de Jaíba diz
sentir orgulho da formação superior do filho e do fato de Daniel ter seguido na
mesma área e, hoje, ser um empreendedor. “Eu cresci muito como pessoa após o
nascimento do Daniel. Aprendi a ter mais responsabilidade. Então, vê-lo hoje
seguindo seu próprio caminho e empreendendo dentro dos princípios que eu
procurei passar para ele me deixa muito feliz. Posso dizer que sou um pai
realizado por ver meu filho formado administrando seu próprio negócio. Esse é o
legado que quero deixar para ele”, ressalta.
Importância da
capacitação
Para colocar em prática tudo
que aprendeu com o pai e também na faculdade, Daniel contou com apoio e
capacitação do Sebrae Minas. “Quando trabalhava como meu pai eu não me
preocupava com questões de gestão e mercado, porque sabia que ele resolvia esse
lado, mas, a partir do momento que decidi abrir meu negócio, eu precisava me
capacitar. Junto com minha irmã procuramos o Sebrae e fizemos o plano de
negócio, seguimos à risca as orientações. Tivemos acompanhamento e, com isso,
nosso negócio está indo bem”, conclui.
Para o consultor
financeiro do Sebrae Minas Eric Darioli, a boa relação entre pai e filho pode
ser um diferencial para o sucesso do empreendimento. “Poder contar com o apoio
do pai, que já empreende, é muito importante tanto na parte emocional quanto
técnica. Mostrar os caminhos que ele seguiu, onde errou, onde acertou, sendo
uma espécie de mentor com experiência, direciona as tomadas de decisões. Mas,
vale lembrar que o jovem empreendedor também precisar ser criativo e não criar
dependência do pai. Uma dica é se capacitar sempre e acompanhar as novas
tendências do mercado”, explica.
Assessoria de Imprensa Sebrae Minas