Publicado em 04/04/2011 e atualizado em 04/04/2011 - geral -
Cerca de 50% dos municípios brasileiros podem ter problemas de falta de água, em 3 ou 4 anos. A informação é do levantamento inédito realizado em todo o país que foi coordenado e divulgado no Dia Mundial da Água, 22 de março, pela Agência Nacional de Águas, (ANA). O Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água – reúne informações detalhadas sobre a situação dos 5.565 municípios brasileiros com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e esgotos. Os planos de recuperação propostos pela Agência devem chegar a um investimento que pode superar a faixa dos 45 bilhões de reais, sendo especificamente, 40,8 bilhões em sistema de coleta e 7 bilhões, em tratamento de esgoto.
Até o ano de 2015 seriam um total de mais de 70 bilhões de reais.Em Minas Gerais, de um total de 853 municípios, cerca de 424, isto é, 49,7% do total, necessitam de investimentos na área de preservação do bem natural.
Dos 17 municípios acima mencionados, que compõem a microrregião da Amog, três são as situações identificadas quanto à disposição dos recursos hídricos. Em apenas sete deles (Arceburgo, Areado, Conceição da Aparecida, Guaranésia, Guaxupé, Monte Santo de Minas e Muzambinho) a disponibilização da água é satisfatória, o que significa que até 2025, pouco ou nenhum investimento precisará ser feito para adequar e/ou modificar os mananciais de onde a água é retirada. Oito cidades (Alterosa, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Jacuí, Juruaia, Nova Resende e São Pedro da União) deverão investir para melhoria do sistema hídrico, na intenção de se evitar o desabastecimento de água nas mesmas. Apenas duas localidades (Juruaia e Monte Belo) precisam recorrer a outros mananciais, já que os atuais, podem não comportar a demanda decorrente do crescimento habitacional e residencial futuro. Ao todo, poderá ser gasto 24 milhões de reais na referida região.
Atualmente, os recursos hídricos da cidade de Juruaia provêm (segundo a A.N.A), das nascentes, Moisés I e II, Palmito e Pereiras e do Córrego Mirante. A proposta da Copasa é que os mananciais sejam trocados pelo Ribeirão Barra Mansa, o custo total, segundo o estudo realizado, pode chegar a 4 milhões de reais, em 15 anos.
Em Monte Belo, apesar de também necessitar outro manancial, o custo se restringe a 2 milhões, pelo mesmo período determinado anteriormente, isso porque, a proposição da empresa diz respeito a alteração do local atual, o Córrego das Pedras, para o Ribeirão São Bartolomeu, que está próximo ao primeiro.
A Copasa está presente em todos os municípios descritos acima, e deverá fazer os investimentos e alterações cabíveis, para adequar o sistema de forma a evitar a falta de água em um futuro breve. A consciência pessoal de cada indivíduo, é também, um fator primordial ao consumo sustentável e responsável.