Publicado em 16/08/2015 - geral - Da Redação
Atendendo à reportagem nesta semana, Ivan de Freitas (PSDC) comentou o posicionamento dos municípios da região frente ao protesto para o final do mês.
PROTESTO - Municípios da região da AMOG preferem o bom senso
A AMM - Associação Mineira dos Municípios, vem liderando um movimento de protesto devido à grande insatisfação contra os governos estadual e federal. Uma paralisação está prevista para o próximo dia 24.
Nesta semana, a AMOG - Associação dos Municípios da Micro Região da Baixa Mogiana, com sede em Guaxupé e que agrega 16 cidades, reuniu os prefeitos para deliberar sobre uma decisão a respeito da manifestação. Ivan de Freitas esclareceu que na verdade o movimento de protesto tem abrangência nacional. Porém, a maioria dos prefeitos da AMOG manifestou o entendimento da necessidade de pensar no Brasil, deixando de lado as divergências políticas e partidárias. Portanto, as prefeituras da região não irão paralisar suas atividades no próximo dia 24. “Parar o país e as estradas, como pretende a AMM, só vai prejudicar e conturbar ainda mais a situação financeira e política do Brasil”, disse o dirigente.
Mesmo assim, a Associação Micro Regional tem uma agenda de atividades e os prefeitos tem audiência confirmada com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) no final de agosto ou início do mês de setembro. A discussão ocorrerá no sentido de “o que os municípios precisam do governo e no que podem ajudar o governo”, independente de sigla política.
Apesar da demonstração de bom senso, Ivan de Freitas confirmou que a situação atual é caótica em todas as prefeituras do país. “Ninguém tem dinheiro para nada e os prefeitos estão fazendo o mínimo do programa de trabalho”, justificou. Observou ainda que, quando os governos estadual ou federal passam por dificuldades, acabam repassando grande parte destas dificuldades para os municípios. “São os municípios que pagam o ônus de possíveis erros ou de uma crise mundial”, acrescentou.
PRIVILÉGIO DE MUZAMBINHO - Quanto à realidade em Muzambinho, o prefeito garante que a administração não parou suas atividades. Porém, vem estabelecendo prioridades para não paralisar nada, muito menos a folha de pagamento dos servidores. Além disso, obras estão em andamento, como a pavimentação de várias ruas, construção de UBS - Unidade Básica de Saúde, quadra esportiva e outras. Portanto, Ivan de Freitas entende que a cidade de Muzambinho está sendo privilegiada neste contexto nacional de privação das prefeituras. “Neste mar revolto que existe, enquanto tantos estão afogando, Muzambinho está conseguindo boiar”, garantiu.
Nesta semana, o Executivo teve projeto aprovado que permite o aumento no auxílio alimentação dos servidores municipais, que passou para R$ 120,00. O prefeito esclareceu que este benefício é fornecido apenas para os servidores que recebem salários menores, evitando um prejuízo maior.
Ivan de Freitas ainda acrescentou que sua administração está trabalhando de uma forma que possa evitar medidas de impacto, como demissões em massa como vem ocorrendo em outras prefeituras. Mas houve exoneração em cargos de confiança, exatamente para reduzir as despesas. Se o índice da folha ultrapassar 54%, existe autorização inclusive para demitir funcionários efetivos. Porém, enquanto continuar sendo possível equilibrar as contas, o governo municipal não pretende demitir servidores.