Publicado em 29/04/2014 - geral - Da Redação
O melhor que se pode fazer pelo futuro é cuidar das crianças. É o que defendo. Sempre defendi e pratiquei como gestor público. Dessa forma, tem para mim valor incalculável assegurar que nossas crianças nasçam com saúde e cresçam protegidas. Este cuidado começa com as mães. Na minha administração como prefeito de Poços de Caldas, com uma equipe competente e profissional na área de saúde, conseguimos os mais baixos índices de mortalidade infantil da história de Poços. Números de primeiro mundo. Records nacionais.
(Índice de Mortalidade Infantil 7,6 – Poços de Caldas)
Investimos muito em educação, construindo escolas, reformando outras. Mas dentro da questão crianças e mães, meu orgulho são as creches. Eles estão na linha de ação social, permeiam educação e são determinantes para a saúde. Fizemos várias, reformamos outras. Em Minas entre os anos 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil caiu quase quarenta por cento no estado e está abaixo da média nacional. Nada acontece por acaso, para se obter resultado desta ordem é fundamental ter programas sintonizados com a necessidade da população.
O governo mineiro fez isso, criou o PROGRAMA MÃES DE MINAS. Ele tem como objetivo aumentar a qualidade do pré-natal e oferecer à gestante assistência completa no parto; acompanhando também o bebê, até a idade de um ano.
Os resultados, após menos de três anos de implantação da iniciativa, são surpreendentes. Foram cadastradas mais de 145 mil grávidas e cada uma delas recebeu orientações individuais a cada passo da gestação. É importante saber como funciona. O coração do programa opera em uma central telefônica, de onde as atendentes fazem contato com as gestantes para lembrar sobre as datas das consultas, vacinas e agendamento de exames. Além de identificar fatores de risco, que passam a ser cuidadosamente monitorados, as profissionais do programa esclarecem às dúvidas, que geram tanta ansiedade nas futuras mães. Qual o melhor tipo de parto? Como se preparar para a amamentação? Como lidar com as cólicas do bebê? Como pai de cinco filhos, sei bem que responsabilizar-se por uma nova vida pode ser, em alguns momentos, uma tarefa assustadora. Por esse motivo, receber amparo e informações seguras nessa fase da vida é tão importante. Não é à toa que as atendentes do ”Mães de Minas” passaram a ser chamadas de “madrinhas”.
Além disso, por trás desse acolhimento, há uma grande estrutura para atender grávidas e recém-nascidos. A rede de maternidades do estado foi ampliada e o governo mineiro investiu em novas vagas de UTI neonatal
Eu considero que proteger gestantes e crianças é mais que um dever dos gestores, precisar ser um ideal da sociedade. Assim, o programa Mães de Minas criou também uma rede de mobilização na internet, integrando as famílias em um portal, no qual são disponibilizados artigos e cartilhas e promovidos bate-papos on line com especialistas sobre os temas de interesse para quem tem - ou vai ter – filhos. O programa conta ainda com uma caravana, que já visitou municípios de diversas regiões do estado, com caminhões equipados para oferecer oficinas de orientação, prestação de serviço e lazer.
Acredito que essa iniciativa, que já está chamando atenção de pessoas de outras partes do Brasil, dá à questão da infância e da maternidade a dimensão que ela merece, porque vai além das estatísticas de saúde para promover a proteção social.
Vejam bem onde o programa Mães de Minas, quer chegar ,em números quer monitorar 250 mil gestantes por ano, chegando a cem por cento das grávidas do estado. Todas, sem exceção.
Já meu sonho, como pai e cidadão, é, além disso, ver garantido o cumprimento dos direitos femininos e dos menores. Ver fortalecidos os vínculos de afeto, capazes de proteger o desenvolvimento infantil. Ver os homens dividirem com as mulheres, desde a gestação dos seus filhos, as tarefas de cuidado e educação. É civilidade e cidadania, parceria na formação e na consolidação da família com principal núcleo da sociedade.
Se nos unirmos dessa forma em torno dos nossos pequenos mineiros, teremos, no futuro, muito mais do que crianças saudáveis. Teremos pessoas de bem.
Texto: Paulinho Couro Minas