Publicado em 26/04/2016 - geral - Da Redação
Fisco cruzou dados com a Fazenda
A Receita Federal anunciou na segunda (25) uma operação para investigar contribuintes baianos que são proprietários de carros de luxo não declarados no Imposto de Renda. Somente os contribuintes selecionados na primeira fase da fiscalização deixaram de pagar cerca de R$ 15 milhões em impostos.
As informações foram levantadas no cruzamento de dados com a Secretaria de Fazenda do Estado da Bahia. Até agora foram identificadas cem pessoas físicas que não declararam os automóveis. Os dados mostram também que esses contribuintes não tinham rendimentos compatíveis com a posse dos carros, cujos valores chegaram a R$ 930 mil.
De acordo com a Receita, é possível que, com a investigação, sejam encontradas outras omissões desses contribuintes. Para evitar as notificações, eles podem regularizar a situação apresentando uma declaração retificadora e o pagamento das diferenças devidas.
Os contribuintes que não fizerem serão autuados pelos valores devidos, acrescidos de multa de 75% sobre o valor do imposto apurado e de juros moratórios, podendo ser representados pelos crimes contra a ordem tributária para aplicação das sanções penais.
Há uma chance de que essa ação seja expandida para todo o país, como já aconteceu com a operação Falsa Patroa, que flagrou centenas de pessoas declarando a mesma empregada doméstica. A iniciativa da Receita em Minas Gerais agora tem abrangência nacional.
Declaração incompleta pode ser saída
RIO DE JANEIRO. Uma das principais razões pela qual muitos contribuintes deixam de enviar a declaração do Imposto de Renda no prazo é a falta de documentos. No entanto, segundo especialistas, a alternativa para não pagar multa é fazer o procedimento incompleto e depois realizar uma retificação.
Antonio Gil, sócio de impostos da EY, ressalta, porém, que a alternativa deve ser usada para quem não terá a documentação completa até o fim do prazo, e não para prolongar o período. “Mas é importante que a retificadora seja usada depois do prazo somente caso haja muita necessidade”.
FONTE: JORNAL O TEMPO