Com a parceria, a SES-MG terá em todos os 853 municípios em Minas Gerais o
transporte aéreo para o atendimento em situações de catástrofe com múltiplas
vítimas que precisem de atendimento emergencial. O MG Transplantes também
poderá fazer uso do transporte de órgãos e tecidos, além do deslocamento de
equipes de captação.
Para distâncias superiores a 300 km, o paciente que precisar de um atendimento
ou tratamento de alta complexidade poderá ser deslocado até mesmo para fora do
estado, e o serviço será regulado pela SES-MG e pelo Samu, de acordo com os
critérios da Resolução nº 0238/2018 que normatiza a parceria. A
SES-MG também poderá transportar imunobiológicos, como vacinas e soros.
De acordo com o secretário-adjunto da SES-MG, Daniel de Castro, essa
parceria já existia informalmente com a Polícia Militar, mas, com a
resolução, ela foi formalizada para normatizar os fluxos, especificar os casos
que serão atendidos pelo transporte aéreo da Polícia Militar e a
responsabilidade de cada ator.
“Vamos ter maior eficiência nos atendimentos hospitalares, e isto significa dar
maior qualidade para os pacientes que estão sendo transportados bem como
garantir uma maior sobrevida”, explica o secretário-adjunto.
Segundo o estudo realizado pela Regulação da SES-MG, a vantagem econômica em
usar uma aeronave governamental é o custo, como aponta a
subsecretária Wandha dos Santos.
“A média de um transporte aéreo era R$ 30 mil. Neste novo modelo, irá ficar
menos que um terço deste valor. Então, vamos otimizar o recurso, que antes
era usado no privado e será aplicado no público. Não é um recurso a mais que o
Estado irá investir, será uma melhor aplicação do que já se tem, além da
ampliação do serviço”, afirma.
Na prática, segundo a subsecretária, serão atendidos pacientes que estão
hospitalizados e precisam fazer um transplante ou pacientes acamados que
precisam realizar um tratamento ou um procedimento de alta complexidade
distante de seu local de origem.
“Em situações de urgência, as Centrais de Regulação Macrorregionais encaminham
o paciente para locais onde existe a vaga. Determinados procedimentos só
existem em algumas regiões e, às vezes, o paciente vai para muito longe.
Em alguns casos de alta complexidade, por exemplo, o paciente só pode se
deslocar deitado, e aí você precisa do apoio de uma aeronave”, ilustra a
subsecretária.
Para exemplificar, Wandha lembra a situação já ocorrida de uma criança no Norte
de Minas, que teria de ficar no oxigênio e precisava de um tratamento de alta
complexidade em Belo Horizonte. Segundo ela, uma ambulância levaria 12
horas para chegar ao Norte de Minas.
"Antes, nós tínhamos que pagar R$ 30 mil para este transporte ser reduzido
para uma hora. Porém, agora, a SES-MG poderá oferecer este transporte em sua
rotina, com um custo menor, mais comodidade para o paciente e em um tempo mais
curto. Antes tínhamos que filtrar muito”, pontua.
No Triângulo Mineiro, os fluxos e as normas do serviço foram alinhados, na
terça-feira (6/11), em reunião com representantes da SES-MG, do Batalhão de
Rádio Patrulhamento Aéreo da PMMG, das Regionais de Saúde de Uberlândia,
Uberaba e Ituitaba e dos Samus Macrorregional do Triângulo Norte e o
Municipal de Uberaba.
A expectativa da superintendente Regional de Saúde de Uberlândia, Rosângela
Paniago, é que os pacientes do interior sejam os principais beneficiados. “Com
o transporte aéreo, teremos mais agilidade para transportar o paciente, que
poderá ser atendido com mais qualidade e em um menor tempo possível. Isso
significa salvar vidas e a possibilidade de um paciente sobreviver será bem
maior”, enfatiza.
Em Minas Gerais, serão integrados os dois parceiros que, atualmente, se
complementam e operacionalizam os serviços de transporte aéreos. Um é
realizado desde 2014 pelo Corpo de Bombeiros e, agora, o da Polícia Militar.
O Corpo de Bombeiros tem quatro helicópteros e uma aeronave que atende os casos
de urgência e emergência, por meio do Samu 192, nas bases em Varginha, Montes
Claros e Belo Horizonte.
“Só que isso não era suficiente para cobrir o Estado inteiro”, afirma a
subsecretária de Regulação da SES-MG, Wandha dos Santos. “Como a Polícia
Militar já contava com uma frota de aeronaves e na linha de otimizar recursos,
a secretaria fez também um termo com a PM. O objetivo é ampliar os serviços já
prestados pelo Samu e o Corpo de Bombeiros, bem como a área de
abrangência, que agora será em todo o estado”, complementa.
Transporte Aéreo em parceria com Polícia Militar de Minas Gerais
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