Semana da Doação de Órgãos

Publicado em 24/09/2014 - geral - Da Redação

No dia 27, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos. A data é importante para esclarecer dúvidas e ressaltar a importância deste ato solidário que pode salvar vidas

Dentre as principais causas para o transplante de fígado estão a cirrose e complicações decorrentes de uso de álcool e doenças graves como hepatite C e B. A ordem da fila de espera é definida pela gravidade da doença - quanto mais grave, mais cedo o paciente deverá receber o órgão. “No caso do transplante hepático, os pacientes com hepatite fulminante têm prioridade”, explica o cirurgião especialista em transplante multivisceral do HNSG, Eduardo Ramos.A taxa de sobrevida destes pacientes é de 87% nos três primeiros meses e 83% no primeiro ano.

Os critérios para ser doador são– não apresentar doença maligna ou infecção generalizada, não ter doença transmissível ou ser usuário de drogas. Para que o procedimento seja realizado, doador e receptor devem ter o mesmo tipo sanguíneo e o tamanho do órgão deve ser compatível. O transplante pode ser realizado em intervivos - quando retira-se uma parcela do fígado de um doador vivo, ou cadavérico, quando o fígado vem inteiro de um doador com morte encefálica. “Normalmente preferimos o cadavérico, mas com a falta de órgão acabamos muitas vezes tendo que realizá-lo com doadores vivos, geralmente parentes”, destaca o chefe do Serviço de Transplante Hepático do HNSG, Júlio Coelho.

De acordo com o médico Eduardo Ramos, o número baixo de doadores é fruto da falta de informação da população. “Quando há um paciente com morte cerebral na UTI, muitas vezes os familiares não fazem a doação dos órgãos por acreditarem que possa ter chance de recuperação, por questões religiosas, preconceito ou incerteza sobre a aprovação do paciente”, conta o médico. O especialista explica que quando acontece a morte cerebral, o paciente não tem chance de recuperação. “Informação como esta é importante, por isso a comunidade deve ter conhecimento sobre a doação de órgãos. Se a família sabe da vontade do paciente aceitará a doação”, esclarece.

Fonte: Mônica Neves - Assessoria de Comunicação e Imprensa / Hospital Nossa Senhora das Graças