Publicado em 09/11/2018 - ivan-pereira - Da Redação
Passadas as eleições, inicia-se
outra etapa crucial de disputas e tomadas de decisões, tão importante quanto a
primeira. A nível estadual, é hora de pensar em quais secretarias serão
fundidas, quais serão extintas e quais serão criadas; de decidir quais
funcionários do governo anterior irão continuar, e quais não; da definição dos
blocos de apoio e oposição das Assembléias Legislativas, enfim, um período de
grande mudança, que traz consigo riscos, mas também muitas esperanças de dias
melhores.
No caso específico de Minas Gerais, as dúvidas
são ainda maiores. Especialmente devido a profunda crise pela qual o Estado
passa, com uma dívida na casa dos R$ 9,7 bilhões com os municípios, e pelo
perfil “diferenciado” do Governador eleito. Somado a isso, temos uma renovação
histórica na ALMG, que ultrapassa 40%, com 31 novos parlamentares ingressando
na casa a partir de 01 de fevereiro de 2019.
Neste cenário de mudança, temos um
governador eleito com perfil estritamente empresarial (diferente do que estamos
acostumados, dos políticos tradicionais), que pretende e promete fazer o Estado
funcionar de modo enxuto e eficaz, com medidas e ideias inovadoras que vêm
causando certa estranheza ao mundo político. Quanto a ALMG, que atualmente tem
21 legendas, passa a ter 28 partidos representados, ainda não estando definidos
com clareza os blocos de posicionamento político, mas com certeza caracteriza
mais um desafio para o Governador eleito trabalhar, devido a ampla diversidade.
Ao cidadão comum, eleitor, cabe acompanhar os processos, cobrar, especialmente dos seus deputados eleitos, e torcer para que as coisas “voltem aos trilhos”, tendo ciência de que não há caminho mais curto, e que será necessário muito trabalho e, com certeza, uma reinvenção do Estado de Minas Gerais, com muitos cortes e adequações.