A reunião da Câmara de Cabo Verde ocorrida no dia 26 de março foi marcada por insatisfação contra secretária de educação e também grave acusação contra servidora. Confira os detalhes e toda polêmica.
CIDADÃO PEDE TREVO - O cidadão Antônio Severino pediu ao Executivo a construção de um “trevo” na travessa próximo ao Depósito São Francisco. Ele relatou casos que comprovam a necessidade da obra devido ao perigo existente no local. O perigo é maior, principalmente, para as crianças que freqüentam a escola e idosos.
SECRETÁRIA NÁO ATENDEU CONVOCAÇÃO – O vereador Paulo Alves (PDT) lamentou a ausência da Chefe do Departamento Municipal de Educação, Deliane Ribeiro Vilela Silva, mesmo tendo sido convocada para estar presente na reunião. A profissional somente enviou ofício ao Legislativo, respondendo aos moradores do bairro Serra dos Lemes. O vereador lembrou que a secretária nunca atende às convocações, sempre prestando informações por escrito. Porém, não foi este o pedido da Câmara (informações por escrito), tendo convocado a presença da mesma. Paulo Alves lembrou artigo da Lei Orgânica que trata da convocação dos assessores diretos do prefeito, sendo esta uma atribuição do Legislativo. No final, o vereador solicitou que nova convocação fosse feita, sob o risco da Câmara “perder o respeito”. Se a ausência se repetir, quer que providências cabíveis sejam tomadas.
- A vereadora Claudenice Maria de Oliveira (“Nice” – PPS) confessou que estava envergonhada, pois também pediu a presença dos moradores do bairro Serra dos Lemes acreditando que a secretária estaria presente. Assim, pediu desculpas e corroborou com as palavras do colega Paulo Alves no sentido de que o povo precisa ser respeitado. No final, solicitou que fosse feita nova convocação à secretária.
- O presidente Valdinei Garcia (“Dinei” – PMDB) explicou que a secretária seria comunicada de que a sua resposta por ofício não foi aceita. Portanto, seria novamente convocada para comparecer na reunião da Câmara.
ACUSAÇÃO CONTRA SERVIDORA – Paulo Alves lembrou a Constituição ao citar a liberdade de cultos religiosos. A Lei Orgânica também determina que o município não pode atrapalhar o trabalho das instituições religiosas. Porém, no dia 26, após as 22 horas, foi abordado na sua residência por um pastor alegando que teria sido maltratado por uma funcionária da prefeitura. E citou o nome da profissional “Luciana, do setor de tributação”. O vereador argumentou que a mesma deve voltar ao cargo de telefonista, pois não está preparada para atender o povo. Também revelou várias reclamações de um péssimo atendimento à população. Para ele, o povo merece respeito e deve ser bem tratado. A servidora teria ameaçado o pastor, alegando que o templo religioso não está legalizado. O servidor afirmou que a servidora também é dona de um estabelecimento que não tinha alvará de funcionamento até há poucos dias. “Como pode um funcionário que está errado querer cobrar as coisas certas? Uma pessoa errada não pode procurar erro nos outros”, questionou. Finalizando, o vereador pediu apoio dos colegas e todos os líderes religiosos para que a “liturgia” seja respeitada. Também sugeriu que a servidora seja responsabilizada pela arbitrariedade e falta de educação para com o povo.
- A vereadora Nice revelou que também foi procurada por uma pessoa dizendo que havia sido maltratada por um secretário. Assim, manifestou sua tristeza pelo fato. “Fiquei muito triste pelo fato de um secretário desacatar uma munícipe com palavras grossas”, lamentou. Aconselhou que as pessoas reclamem, não só junto aos vereadores, mas também com o prefeito.
REQUERIMENTOS – O vereador José Osmar da Silva (“Osmar do BB” – PMDB) solicitou que o Executivo disponibilize (uma vez por mês) as máquinas e os caminhões para todos os munícipes, principalmente aqueles da zona rural. Devido à crise da cafeicultura, muitos produtores estão descapitalizados. Para ele, “chegou a hora de ajudar”. O vereador também pediu a colocação de 02 placas: “Proibido Estacionar” (inicial e final) na Av. Luiz Ornelas de Podestá e em frente à Escolinha Balão Azul.
- A vereadora Claudenice Maria de Oliveira (“Nice” – PPS) pediu providências ao Executivo quanto à limpeza e coleta de lixo no bairro Nova Cabo Verde. Ela contou que foi procurada por moradores que estão se sentindo abandonados já que o caminhão de lixo não faz a coleta com freqüência dos entulhos colocados próximos às casas. Portanto, a situação coloca em risco o bem estar e saúde dos moradores.