
A vereadora Silene após dar uma aula sobre ética, fez alguns questionamentos.
Ela comentou que durante os 30 anos que prestou serviços ao Estado, o que mais facilitou seu trabalho e seu relacionamento com as outras pessoas foi a observância da ética. Segundo ela, a ética ajudou a resolver conflitos até então bem acirrados. “Mas o que vem ser a ética?”.
Na sua visão, ética é um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação a outros homens na sociedade em que vivemos.
A ética garante o bem estar social, é a forma com a qual devemos nos comportar no nosso meio social, no relacionamento com as outras pessoas. Ela está intimamente ligada à moral que leva o homem a distinguir o bem do mal, o justo do injusto, o conveniente do inconveniente, o honesto do desonesto. Falou ainda que Rubem Alves, educador e psicólogo define a ética como sendo a ação que desenvolve e amplia a humanidade e o meio ambiente. Conforme declarou, os valores inerente à ética são: o respeito, a dignidade, a solidariedade, a justiça, o amor, a democracia, a inclusão de todos os sentidos (social, econômico, cultural e espiritual). Neste contexto é correto dizer que a compaixão é a mais pura expressão da ética.
Para ela, a ética norteia a conduta humana na sociedade, ela serve para que haja equilíbrio e um bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado injustamente. “A ética está relacionada com a justiça social”, acrescentou.
Enfim, Silene salientou também que a ética e moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam respeitar e valorizar a vida. O homem, com seu livre arbítrio vai formando seu meio ambiente ou o destruindo; ou ele apóia a natureza e as criaturas ou ele subjuga tudo o que pode dominar, e assim ele se torna no bem ou no mal deste planeta.
Diante do exposto, uma questão preocupa a vereadora: “Temos sido éticos nas nossas atitudes enquanto vereadores? Estamos sendo éticos com as pessoas que são personagens do nosso debate semanal? Por que tantos desatinos recheados de paixão e sustentados na boa oratória e na eloquência vazia de fundamentos?”.
Segundo ela, a ética na política repudia os espetáculos teatrais, a busca incessante da notoriedade, pelo espaço na mídia, repudia as humilhações a quem já se encontra em situações difíceis. O homem público ético, renunciará no exercício do cargo, a qualquer reserva mental, a qualquer preconceito, e, sobretudo por obrigação ética, jamais deverá esquecer do respeito que as pessoas merecem.
Pelo contrário, refletido e moderado, porém, enérgico na sua argumentação, deve produzir sua acusação sem arrebatamentos, sem exagero, sem exibicionismo. Citou que Rui Barbosa ensina que nossos adversários não são nossos inimigos, e se a lei não os protege, não nos protegerá também. Ainda citou Martin Luther King: “a injustiça em qualquer lugar é uma ameaça em todo lugar”. “O bom político, que observa a ética, não é aquele que fala mais, que grita mais, mas é aquele que trabalha mais, que substitui o discurso pela ação, que ouve mais do que fala, que respeita, que pondera e que é solidário”, completou.
Com relação a ética, o presidente Marquinho da Empresa fez os seguintes questionamentos: “Será que é ética chamar o povo de nossa cidade de doente? Para esconder talvez no começo da administração uma falha da secretaria de saúde. Será que é ética o trabalho que um vereador faz de ir em um bairro e buscar as necessidades da comunidade e levar até o prefeito com interesse de ajudar. Será que é ética culpar a população por não fazer?”.