Publicado em 04/07/2016 - paulo-botelho - Da Redação
Qual é o valor do conhecimento? – Peter Drucker, renomado consultor americano, dizia que o conhecimento é o único recurso econômico que faz sentido. Já Confúcio, o sábio chinês, perguntava e respondia: “O que é o conhecimento? – É o passado, o presente e o futuro”. Mas, como é possível conhecer o futuro? – É passando por ele. Só assim, acredito, é possível saber o futuro. Basta não ter medo dele. A águia projeta o seu futuro a partir de seu conhecimento intuitivo. Da espécie das aves, ela possui boa longevidade, pois chega a viver setenta anos em média. Mas, para chegar a essa idade, aos quarenta anos, já está com as unhas compridas e flexíveis; não consegue mais capturar suas presas para poder se alimentar. O bico alongado fica curvado; as asas ficam envelhecidas e pesadas por causa da grossura das penas. Voar com tais problemas fica muito difícil. Nessas circunstâncias ela tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que chega a durar meio ano. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um nicho qualquer próximo a um paredão. E lá fica sem voar. Após encontrar o lugar, ela começa a bater o bico numa das faces do paredão até conseguir arrancá-lo. Depois de arrancar o bico, espera nascer um novo com o qual vai arrancar as unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Feito iss o, decola para o vôo da renovação que possibilita a ela viver mais trinta anos. É a lição das águias. É o amanhecer de novo, pois o amanhecer é uma lição do universo que ensina a todos os seres vivos ser preciso renascer. De novo amanhece; o novo amanhece!
A informação passa. O conhecimento fica. Bach, o genial compositor, foi o grande mestre do conhecimento. Dele, Mozart dizia: “A estrutura da obra de Bach é igual ao desenho perfeito de uma figura geométrica onde tudo tem o seu lugar; não há uma única linha a mais ou a menos”. Com o tempo, as fontes de conhecimento ficam cada vez mais próximas: Mozart não precisou estudar tudo o que Bach estudou. Como Bach, ele conseguia elaborar, mentalmente, suas estruturas e só colocava na partitura musical uma vez satisfeito com o que compunha. – É só ouvir – e s entir – a “Flauta Mágica” ou o “Réquiem”. – Eis aí o valor do conhecimento.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. www.paulobotelho.com.br