Por uma primavera em flor

Há palavras e fatos que, por serem repetidos demais, acabam se esgotando; perdem a sua vitalidade. É o caso do conceito de Sustentabilidade que, neste artigo, pretendo direcionar para a importância das abelhas na preservação da vida.

As abelhas estão entre os mais antigos companheiros dos seres humanos. Elas se encarregam das nossas flores, nossas folhas, nossos galhos. Fertilizam as roças. Compõem o mundo. Se sumirem, o planeta Terra vai ficar cinza, branco e negro; um horror. E não haverá mais nada para comer. Einstein dizia que, se as abelhas desaparecerem, a humanidade não vai conseguir sobreviver por mais de quatro anos. Mas hoje elas já estão desaparecendo ou sumindo. Já nos viram em excesso. Não as agradamos; de modo algum. Não é difícil, portanto, chegar à conclusão de que o mundo sem elas seria um mundo sem flores, sem frutas, sem hortaliças.

Alguns estudos têm sido realizados nos Estados Unidos, Canadá e França; a maioria indica os responsáveis por essa danação: os inseticidas ou pesticidas que privam as abelhas de sua linguagem. – E qual é a linguagem dos seres humanos, em especial a dos ignorantes? – Só eles têm a certeza de tudo! – Onde está o conhecimento que se perdeu; e onde está a sabedoria perdida com o conhecimento?

Eis aí, palavras e fatos com perda de sentido. Quando palavras e fatos perdem o seu sentido é o mundo que fica sem significado. – E aí a ignorância ganha espaço nas relações humanas passando a funcionar com alta eficiência para produzir fel. Exceto para aquelas pessoas que têm a doçura da primavera em flor.

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. www.paulobotelho.com.br