Sylvio de Podestá (1928 - 2009)

Publicado em 07/08/2009 - paulo-botelho - Paulo Botelho

Um ferrabrás no primeiro contato, mas doce, como uma moça, no convívio. Andar ereto, de meio-galope, movido com a força de dois corações, era difícil acompanhá-lo. Com essa força motriz, deixou para trás, os bem nutridos soldados do famigerado Batalhão, quando da “Primeira São Silvestre” de Muzambinho. Eram os anos 50 e Sylvio correu, e venceu, descalço. Beque (antigo nome dado a zagueiro) do Atlético de Muzambinho, fora o terror, ainda naqueles “Anos Dourados”, dos atacantes dos times de Cabo Verde, Caconde, Guaxupé, Poços de Caldas e dos “pós-de-arroz” de Alfenas. Sylvio encerrou sua “carreira” de jogador de futebol quando entrou para o Banco do Brasil aos 23 anos. Ele gostava de alardear, entretanto, que parou por problemas nos meniscos: doença de craque! - Aposentou-se, muito bem, no Banco, após uma longa e decente carreira. Autodidata, referia-se à corrupção nacional a “delinquência econômica organizada”. - Quem ousa discordar? - No começo de julho último, os dois corações de cavalo do Sylvio deixaram de funcionar. Infarto. Foi sepultado ao lado de sua irmã Carmen Sylvia de Podestá Botelho, minha mãe, em Anápolis, Goiás.