Publicado em 27/04/2017 - policia - Da Redação
Goleiro foi comunicado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de revogar a sua liberdade de soltura e compareceu à Delegacia de Polícia Civil após o TJMG expedir um mandado de prisão
O goleiro Bruno Fernandes se apresentou à Delegacia Regional de Polícia Civil de Varginha, no Sul de Minas Gerais, às 14h desta quinta-feira (27), depois de ser comunicado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar sua liberdade.
Segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o goleiro passou por exames de corpo delito na própria delegacia e agora será encaminhado para o Presídio de Varginha.
Bruno já havia se apresentado à polícia no final da tarde dessa terça-feira (25), pouco depois da decisão dada pelo Supremo. Entretanto, como não havia mandado de prisão contra ele, o goleiro assinou uma certidão se comprometendo a se entregar posteriormente.
Decisão
Por 3 votos a 1, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a liminar dada pelo ministro Marco Aurélio que concedia ao goleiro o direito de esperar em liberdade os julgamentos dos seus recursos e ainda negou o mérito do pedido de habeas corpus.
"A decisão soberana do Tribunal popular deve ser respeitada no presente habeas corpus, onde não há nenhuma alegação de nulidade ou de condenação manifestamente contrária à prova dos autos, inclusive porque a soberania do veredicto proferido pelo Tribunal do Júri de Contagem foi alicerçada, também, na própria confissão realizada pelo réu em Plenário, que acarretou diminuição de pena em 3 anos.", disse o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
"Por fim, não verifico estar caracterizado excesso de prazo atribuível exclusivamente aos órgãos do Poder Judiciário, desta Corte, tendo em vista a complexidade da causa e os indicativos de que o retardo para o julgamento do apelo seria imputável, ainda que em parte, ao próprio paciente", concluiu o ministro antes de pedir a imediata expedição de mandado contra o goleiro.
Crime
Bruno preso em 2010 e foi condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão pela morte da ex-namorada Eliza Samúdio.
Até agora, o jogador cumpriu seis anos, sete meses e 20 dias e ganhou 405 dias de remição, pelo tempo em que estudou e trabalhou na prisão, o que ultrapassa o tempo requerido.
FONTE: O TEMPO