Publicado em 23/06/2020 - policia - Da Redação
O serviço de inteligência da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG)
identificou dois homens, ambos de 25 anos, envolvidos no cultivo e venda de
espécies exóticas de maconha, no município de São Tomé das Letras, no Sul do
estado. Os suspeitos, presos durante operação realizada na última sexta-feira
(19), moravam na zona rural da cidade, em uma localidade conhecida como
Pontinha, mas vendiam os entorpecentes a compradores de diversas regiões do
país. A transação, assim como divulgação do produto, acontecia por meio de rede
social.
Com os
suspeitos foram apreendidos skunk (maconha com alto teor de THC), centenas de
sementes importadas e elevada quantidade de embalagens. O Delegado Rodolpho
Machado explicou que “A região tem um clima propício para a produção dessa
erva. São Tomé das Letras é uma cidade incrível, mas que tem chamado a atenção
pelo turismo da maconha, com um tipo de tráfico diferenciado, porque não é do
tipo de importação do Paraguai, onde a droga é prensada e de má qualidade,
sendo um comércio mais especifico, de especiarias”.
Ele ainda
explicou que a droga encontrada pelos policiais, com alto valor de mercado, era
cultivada em um viveiro, com grande variedade de espécies, e que passava por
preparação e secagem especiais. Os interessados tinham a oportunidade de
experimentar o produto, separados por logomarcas específicas, e,
posteriormente, realizavam a compra.
Segundo o
Investigador Luiz Rossi, os produtos (plantas e sementes) eram apresentados e
vendidos por meio de dois perfis em uma rede social. Geralmente as sementes
eram divididas em pacotes, contendo três em cada, e enviadas ao consumidor
final por meio de empresas de entrega. “As sementes vinham de várias partes,
principalmente da Europa. Elas eram alteradas biologicamente e denominadas feminizadas
(com maior potencial reprodutivo)”, acrescenta Rossi.
De acordo
com o Inspetor Vander Tavares “Com as sementes de maconha apreendidas, dava pra
plantar mais de 10 campos de futebol. Elas eram cultivadas em um esquema de
rotatividade, garantindo uma produção continua”.
Um dos
suspeitos, natural de São Paulo, já foi condenado pelo Tribunal de Justiça
daquele estado a mais de sete anos de reclusão por tráfico de drogas. O
comparsa mineiro já foi preso anteriormente pelo cultivo de cannabis e está,
atualmente, com processo penal em curso.
A
Delegacia de Polícia de Três Corações ficou responsável pela conclusão do auto
de prisão dos suspeitos. Já Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico
(Denarc), responsável pelas investigações, prossegue com os trabalhos a fim de
identificar se há outros envolvidos no esquema criminoso.
Por ASCOM-PCMG