O governo federal deixou de investir  R$ 8,3 bilhões na saúde, disse Mosconi

Publicado em 23/05/2013 - politica - Da Redação

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Carlos Mosconi (PSDB), propôs moção de aplauso para o deputado federal Toninho Pinheiro (PP) pela defesa tenaz que ele faz da saúde no Congresso Nacional. Pinheiro interrompeu uma reunião da Câmara, no dia 14 de maio, para mostrar ao país o descaso do governo federal com a saúde pública. Com uma faixa nas mãos, o parlamentar anunciou que a União negligenciou o pagamento de R$ 8,3 bilhões para o setor, já empenhados no orçamento de 2012.

“O governo federal ainda insiste em dizer que não tem dinheiro para a saúde. Os R$ 8,3 bilhões estavam empenhados e nem foram utilizados. Enquanto isso, pessoas sofrem por falta de atendimento médico”, lamenta Mosconi, em discurso na Assembleia Legislativa nessa terça-feira (21/05).

O valor foi confirmado pelo relatório do Tribunal de Contas da União. Os dados também mostram uma diferença de alocação de recursos federais entre 2000 e 2010. “Enquanto o investimento em turismo no Brasil cresceu 1.135%, a saúde cresceu apenas 205%. É uma das áreas que menos teve recurso do governo federal. Desta forma, podemos mostrar como a saúde é tratada no Brasil”.

O Tribunal de Contas da União também fez um paralelo dos gastos “per capita” públicos entre os países que têm o chamado acesso universal à saúde, como é o caso do Brasil.

“Observamos que Austrália, Canadá, Reino Unido e Suécia gastam entre US$2 mil e US$3 mil “per capita” com sua população no setor. Como já sabemos, Cuba é um país pobre, mas que também pratica a saúde universalizada e gasta US$875 “per capita”. Já o Brasil gasta menos que a metade de Cuba: apenas US$348", concluiu.

Texto: Janaina Massote - Assessora de Imprensa do dep. Carlos Mosconi (PSDB)