Arantes defende incentivos e proteção para a gastronomia mineira

Publicado em 21/08/2015 - politica - Da Redação

Arantes defende incentivos e proteção para a gastronomia mineira

Deputado quer apoio para pequenos produtores e realizadores de eventos que levam o nome de Minas para o mundo

"Todos no Brasil conhecem o potencial da gastronomia mineira. As nossas comidas típicas, o queijo mineiro, o café, a cachaça, e mais uma infinidade de iguarias presentes em eventos, como o Comida Di Buteco, o Aproxima, a Expocachaça e o Festival de Tiradentes, entre outros, fomentam o turismo em Minas, gera negócios, empregos e atrai turistas do mundo inteiro". 

A afirmação foi feita pelo presidente da Comissão de Turismo, Comércio, Indústria e Cooperativismo, deputado Antônio Carlos Arantes, nesta terça-feira (18/8/15), durante audiência pública realizada para debater mecanismos de incentivo à gastronomia mineira. Donos de restaurantes, chefes de cozinha e promotores de eventos, presentes, reivindicaram, entre outras coisas, o aperfeiçoamento da legislação, a desburocratização da atividade e a criação de políticas públicas que facilitem a atuação dos pequenos produtores e empreendedores. 

As reivindicações da cozinha mineira 

O renomado chefe Ivo Faria, presidente da Associação Mineira de Gastronomia, criticou a falta de definição da vocação turística de Belo Horizonte: "Você vai a Roma, Miami, Nova Iorque, São Paulo, todas elas têm o mesmo objetivo: turismo e negócios. Gostaria de ver chegar o dia que vai definir o que Belo Horizonte será, porque nós não sabemos", afirmou.

 Já o chefe Eduardo Avelar demonstrou preocupação com os pequenos produtores artesanais. "Estamos desrespeitando centenas de milhares de famílias com uma legislação míope, feita a quatro paredes, com regras injustas", definiu. O chefe e promotor de eventos, Eduardo Maya, também defendeu mudanças na legislação. "Outro dia, convidei um pequeno produtor de Ouro Preto para fornecer carne de lata para a minha escola de gastronomia. Infelizmente, ele não pôde me atender porque fecharam a pequena fábrica dele, alegando inadequação com as questões sanitárias", lamentou. 

Endossando o coro, o deputado Arantes lembrou que "os técnicos ficam questionando as bactérias e se esquecem de que são elas as responsáveis pela produção e qualidade do queijo". Ele ressaltou a importância da lei de autoria dele, aprovada na ALMG, para regularizar o queijo artesanal mineiro. "Antes dela, haviam 170 pequenos produtores legalizados em Minas; hoje, são mais de 400", comemorou. Arantes relembrou ainda o sucesso do queijo mineiro na "Copa do Mundo do Queijo", que reuniu 23 países, este ano, na França. "Nosso queijo ficou em segundo lugar. Eis aí a prova da qualidade diferenciada do produto. Só os técnicos não entenderam isso", afirmou, segurando um legítimo queijo canastra. 

O secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo Santos, que também estava presente, lembrou que a primeira classificação do queijo Minas, como bem imaterial do Estado, foi feita no governo de Itamar Franco para proteger o produto das restrições impostas pela legislação. Como medida do atual Governo do Estado, ele citou a restauração do prédio que sediava o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). A construção será restaurada para se tornar a Casa da Gastronomia Mineira, passando a fazer parte do Circuito Cultural da Praça da Liberdade.

O deputado Agostinho Patrus Filho (PV) foi o autor do requerimento que originou a reunião.

FONTE: ASCOM