
O aumento da autoestima da população das comunidades e os resultados das políticas públicas dos governos Lula e Dilma contribuíram para mudar a vida dos moradores de áreas carentes do Brasil. O assunto foi destaque no discurso da presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, durante o lançamento do livro “Um País Chamado Favela”, de Renato Meirelles e Celso Athayde, na tarde desta segunda-feira (15), na sede da Central Única de Favelas (CUFA), em Madureira, no Rio de Janeiro.
“Quando 55% das pessoas olha para o espelho e diz: ‘eu sou negra’, o país muda”, disse Dilma, lembrando as políticas afirmativas iniciadas no governo Lula e mantidas e ampliadas em seu governo.
Após cumprimentar os autores do livro como representantes de um país que está mudando, Dilma comentou sobre dados presentes da publicação que comprovam o fenômeno social. “A classe média da favela saiu de 33% para 66% porque houve uma mudança imensa no Brasil em 2003. Quando Lula chegou no governo, mais da metade do Brasil ou eram miseráveis ou muito pobres. Agora, esse ano, de cada quatro brasileiros, três estão na classe média ou acima da classe média. Essa é uma mudança fantástica”, exclamou a presidenta.
A criação de 21 milhões de empregos formais (com carteira de trabalho assinada) ao longo dos governos Lula e Dilma; e a melhoria da renda dos brasileiros, com crescimento do salário em 61% acima da inflação nos últimos três anos, são fatores apontados pela presidenta como a base que permitiu que a população pobre passasse a ter acesso ao consumo e novas oportunidades.
“Tem uma coisa que eu sei que é o sonho de muita gente: ser seu próprio patrão, abrir sua empresinha. E tem uma outra transformação ocorrendo no Brasil que é forte: é a transformação do empreendedor”, comentou Dilma.
A presidenta explicou que durante os 12 anos de governos Lula e Dilma, além da unificação do imposto, houve a redução de 40% no valor, além da concessão de crédito por conta dos bancos públicos, chamado Microcrédito Produtivo.
“Hoje o empreendedor no Brasil tem muitas vantagens, por isso temos nove milhões de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas. São nove milhões! Multiplica por quatro, e dá 36 milhões de pessoas que vivem do seu próprio negócio. Se multiplicar por cinco, já são 45 milhões. É muito, e pode ser muito mais”, avaliou.
Acesso à Educação SuperiorA elaboração da política que garante o acesso do jovem pobre à universidade paga por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) foi explicada por Dilma. “Todas as universidades pagas têm que pagar imposto para o governo. O que a gente disse pra eles? Vocês pagam imposto com vaga, com matrícula em suas universidades e faculdades. Por isso aumentou imensamente o número de alunos pobres nas universidades pagas. Porque o governo paga para ele estudar no Prouni ou financia ele para pagar em 15 ou 18 anos a sua prestação (Fies). Por isso passamos de 3 milhões para 7 milhões de universitários em 12 anos.
Extinção de ministérios prejudica população vulnerávelDilma advertiu ainda sobre o que está por trás do discurso dos candidatos que colocam entre as suas propostas a extinção de alguns ministérios. Via de regra, as pastas mais criticadas são justamente aquelas relacionadas às políticas públicas de inclusão social e promoção de direitos, temas que dizem respeito diretamente à população das comunidades carentes.
Mais EducaçãoPara o próximo mandato, Dilma reforçou o compromisso do uso dos recursos do Pré-Sal para a criação de creches como medida fundamental para a redução da desigualdade. “A educação do menininho e da menininha tem de ser a mesma do filho do trabalhador, do filho do professor e do filho do empresário. Aí é que entra o Estado para garantir creche de qualidade, porque a desigualdade está na infância, desde os primeiros anos de idade”.
Como condição para o desenvolvimento do país, Dilma também assumiu como meta para o seu segundo mandato a promoção da Educação em dois turnos. “Crianças e jovens têm que ficar dois turnos na escola. Nenhum país chegou a ser desenvolvido sem Educação em dois turnos”. A presidenta também falou na continuidade do Ensino Técnico Profissionalizante e de Nível Médio para trabalhadores. “Daí eu fico feliz de saber que aqui todo mundo tem a consciência disso, que esse é o caminho”.