Publicado em 14/08/2015 - politica - Da Redação
Deputado alerta para a fábrica de amônia que Minas Gerais está prestes a perder, por causa da Petrobras
O presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) ouviu em audiência pública realizada na terça-feira (11/8/15) o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castelo Branco. O objetivo era discutir o papel dos distritos industriais na interiorização do desenvolvimento, no fomento industrial e na geração de empregos e conhecer os projetos desenvolvidos nesses espaços.
"Não podemos falar de distritos industriais sem falar na grande fábrica que Minas Gerais está prestes a perder, por causa da Petrobras. Depois de investir 1,2 bilhão de reais a Petrobras quer desistir da fábrica de amônia e derivados que está sendo instalada em Uberaba para a produção de fertilizantes, produtos que o Brasil importa e paga caro por isto. Já pensaram no tanto de empregos que Minas vai perder? Se Aécio e Anastasia trouxeram a fábrica de amônia para Minas, o governador Pimentel tem que mostrar força e garantir a construção dela", lembrou.
A reformulação dos distritos industriais
Minas Gerais tem 53 distritos industriais sob a responsabilidade do Governo do Estado. Segundo o presidente da Codemig, Marco Antônio Castelo Branco, todos eles serão objeto de um diagnóstico para verificar potencialidades e gargalos, e dez deles serão escolhidos para revitalização.
Castelo Branco destacou ainda que o projeto de reestruturação dos distritos industriais está sendo elaborado pelo Estado em parceria com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Segundo ele, dos 53 existentes, 21 já foram municipalizados. A maior parte está concentrada nas regiões mais povoadas do Estado – Central e Sul de Minas.
Ele ressaltou que o fator principal para atrair empresas não é o lugar para a sua instalação. "Nenhuma indústria que queira vir para Minas deixará de se instalar por falta de espaço - temos 850 mil km² de território" -, afirmou. E fez uma alerta aos prefeitos: "Por mais que pareça importante trazerem um empreendimento para suas cidades, devem pensar se ele tem competitividade e sucesso. Se isso não se confirmar, a empresa pode se tornar um problema para o município", concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Deputado Estadual