CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil intensifica trabalho

Na sessão do dia 8/05, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas no Brasil os deputados aprovaram requerimentos para que especialistas  participem de audiências públicas durante os trabalhos, levando dados e fomentando a troca de experiências referentes ao tema. De acordo com o deputado federal Geraldo Thadeu (PSD/MG) a CPI vai possibilitar debates sobre as possíveis relações de desaparecimentos de brasileiros com o trabalho escravo, comércio internacional de órgãos, prostituição e adoção internacional ilegal. Para as próximas sessões da CPI são esperados membros da representação brasileira da Organização Internacional do Trabalho, especialistas da Universidade Católica de Brasília e do Comitê Paulista de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas. Segundo Geraldo Thadeu, “o trabalho que será realizado nos próximos meses pelos membros da CPI será uma ferramenta importante no enfrentamento de grupos responsáveis pelo desaparecimento de pessoas. “É preciso criar mecanismos de prevenção e punição para impedir que brasileiros e brasileiras continuem sendo vítimas de grupos criminosos”, defende o parlamentar.

As investigações...
As investigações sobre o tráfico de pessoas no Brasil serão relacionadas aos anos de 2003 a 2011 – período de vigência da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo.
A CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil é presidida pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). A relatoria é da deputada Flávia Moraes (PDT-GO). De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de quatro milhões de pessoas são vítimas de tráfico no planeta. Os brasileiros estão entre as principais vítimas do tráfico internacional.