Publicado em 11/04/2016 - politica - Da Redação
O orçamento da agricultura em Minas Gerais para 2016 é de R$ 565 milhões, o que representa 0,61% do orçamento estadual, de R$ 92 bilhões. Em contrapartida, o PIB do Agronegócio, que chega a R$ 162,9 bilhões, representa um terço do PIB estadual, de R$ 462,25 bilhões. As informações foram passadas pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Cruz Reis Filho, que participou de audiência da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na quinta-feira (7/4/16).
Os números foram motivo de crítica por parte do deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB). Segundo o parlamentar, o PIB do Agronegócio é bem mais do que um terço do PIB estadual. "O produtor rural compra carro, máquina agrícola, ração, medicamentos de tal forma que se o agronegócio parar, mais de 70% da economia para também", explicou Arantes.
João Cruz Filho disse que a pasta teve um contingenciamento de R$ 6,3 milhões, embora tenha sido uma das menos atingidas pelas medidas do governo. "O orçamento ainda nos permite cumprir razoavelmente ao que nos propomos. Temos feito o que é possível dentro da secretaria. Mas temos dificuldades e procuramos nos apoiar no Parlamento para romper essas dificuldades, principalmente as orçamentárias", avaliou.
O secretário também falou sobre os programas construídos no âmbito do sistema da agricultura e destacou que esses programas podem ser objetos de recursos provenientes de emendas parlamentares.
O deputado elogiou o trabalho do secretário, segundo ele, uma pessoa da área, que tem conhecimento técnico e sabe ouvir. "Os recursos são poucos, diante de muitos compromissos e diante de tantos projetos excelentes apresentados pelo secretário, que tem vontade de fazer, mas fica limitado por falta de investimentos do Governo", afirmou Arantes.
Projetos da Agricultura
Os representantes de cada um dos órgãos que compõem o sistema da agricultura, pecuária e abastecimento do Estado fizeram explanações sobre os projetos e ações dentro de suas áreas de competência. O diretor geral do IMA, Marcio da Silva Botelho, sintetizou que o órgão trabalha no desenvolvimento de atividades de saúde animal, sanidade vegetal, inspeção de produtos de origem animal e vegetal, educação sanitária e agroindustrial, com base na ciência e no conhecimento técnico e tendo como objetivo final a proteção da saúde do consumidor. O IMA é o órgão com a segunda maior receita da área, com uma estrutura composta por 20 coordenadorias regionais, 205 escritórios seccionais e 1.493 servidores.
Já o presidente da Epamig, Rui da Silva Verneque, destacou que o órgão tem atualmente 12 programas de pesquisa e 413 projetos de pesquisa em condução. Ainda segundo ele, em 2015, a Epamig realizou 1.567 eventos de transferência de tecnologia, além de ter produzido e distribuído 64 mil mudas de qualidade para os produtores. "Podemos ampliar, porque a demanda é grande. Mas, para isso, precisamos de aporte de recursos", considerou.
Órgão com o maior orçamento na área, a Emater conta com 32 unidades regionais, 784 escritórios locais e possui 2.062 servidores. O diretor administrativo e financeiro da Emater, Felipe Lombardi Martins, destacou no âmbito do órgão o Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural para o Estado de Minas Gerais, que tem ações como o apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, à assistência técnica e extensão rural para a bovinocultura do leite, à assistência técnica da agroecologia e cafeicultura, à inclusão produtiva de famílias rurais e à segurança hídrica e à sustentabilidade ambiental. Outro programa do órgão é o Minas sem Fome que apoia a agricultura familiar, a implantação de sistemas comunitários de abastecimento de água e de tanques comunitários de coleta de leite, a capacitação de jovens rurais, entre outras ações.
Por fim, o presidente da Ruralminas, Luiz Afonso de Oliveira, falou sobre três programas no âmbito do órgão: o Estradas Vicinais de Minas; o Programa de Infraestrutura Rural e o Programa de Barragens de Minas. Entre as ações deste último programa, ele destacou a construção de reservatórios de pequeno porte, a implantação e construção de barragens, além da regulação, operação e manutenção de barragens.
Assessoria de Comunicação Deputado Estadual Antônio Carlos Arantes