Publicado em 03/01/2015 - politica - Da Redação
O médico Dr. Carlos Eduardo Venturelli Mosconi é um dos políticos mais vitoriosos do Sul de Minas Gerais, com uma vasta folha de serviços prestados pela região e até mesmo pelo Brasil. Exercendo seu segundo mandato consecutivo como deputado estadual pelo PSDB, a liderança não conseguiu a eleição para deputado federal no último pleito. Atendendo nossa reportagem nesta semana, Mosconi fez um balanço do seu trabalho, principalmente na área de saúde, revelando também o que pretende para o futuro.LEGADO NA SAÚDE - Com uma histórica e vitoriosa atuação na área de saúde, Mosconi revelou uma expectativa positiva no futuro para este setor. Até porque no ano passado, como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, liderou o movimento ASSINE+SAÚDE. Foi possível encaminhar a Brasília/DF 800 mil assinaturas de Minas Gerais. Segundo informações, hoje o documento conta com 7 milhões de assinaturas. A campanha se refere a um projeto de Lei de iniciativa popular que propõe a prática da Emenda 29 nos seus termos integrais. Ou seja, fazendo com que a União participe destinando 10% do seu orçamento para a área de saúde. O deputado ressalta que, com o orçamento atual destinado ao setor, é absolutamente impossível melhorar a saúde da população brasileira. No modelo, os estados já contribuem com 12% e os municípios com 15%, sendo que a União passaria a contribuir com 10%. Se a lei for aprovada, sendo que existe expectativa positiva quanto a isto, será possível caminhar para uma melhor situação da saúde no país.
Relatando os problemas atuais existentes, Mosconi citou como exemplo a Santa Casa de São Paulo que ameaça fechar suas portas devido a um déficit financeiro de R$ 700 milhões. A Santa Casa de Belo Horizonte deve R$ 300 milhões. Além disso, todos os hospitais filantrópicos do Brasil enfrentam o mesmo tipo de problema. “São inúmeros hospitais à beira da falência”, revelou. O médico e deputado explicou que a tabela do SUS não remunera com justiça os serviços prestados e o financiamento está muito aquém da realidade. Com isso, todos os hospitais são deficitários. “O panorama que domina a situação não é a má gestão, mas o mal financiamento”, ressaltou.
CRÍTICAS AO PRÓPRIO PSDB - Bastante direto, Mosconi declarou que o partido não teve a melhor conduta em Minas no último período. Observa que o PSDB deixou de crescer e investiu em alianças políticas. “Descuidamos do PSDB e temos que fortalecer o partido”, confessou. Acrescentou que Aécio Neves não teve o reconhecimento merecido dentro do próprio estado justamente pela fraca expressão do partido. Também criticou a saída de Diniz Pinheiro (presidente da ALMG) para compor a chapa que concorreu ao governo. Hoje, o próprio governador Alberto Pinto Coelho é do PP e não do PSDB. Para ele, este é o momento de fazer o próprio partido crescer, como acontece no estado de São Paulo. Fora da política, Mosconi avisou que estará trabalhando pelo fortalecimento do partido de Minas.