Publicado em 21/03/2014 - politica - Da Redação
Audiência na ALMG foi presidida pelo deputado Arantes
Para o deputado Antônio Carlos, presidente da comissão, consolidar de forma justa e equilibrada o quadro profissional e a carreira da empresa é essencial para que o pequeno produtor rural continue a contar com um adequado e confiável suporte técnico. “Esta é uma luta que abraçamos já há algum tempo, existe necessidade da realização deste concurso na Emater, porque precisamos de mais técnicos chegando, efetivamente, na ponta, junto ao produtor rural, auxiliando-o com informação, tecnologia e inovações. Tivemos um grande debate público no ano passado, temos nos reunido com a secretária de Planejamento, Renata Vilhena, e conversado com o próprio presidente da entidade, Ricardo Roseno, para, juntos, trabalharmos em prol deste concurso e de um plano de carreiras e salários justo para estes profissionais”, ponderou.
“A Emater é apoiada não só pela ALMG, mas por toda a sociedade”, afirmou o presidente da comissão, Antônio Carlos Arantes, para quem as dificuldades financeiras do Estado respondem em parte pela morosidade na implantação do plano de carreira. Arantes fez críticas ao Governo Federal que “sugado os recursos do Estado e dificultado investimentos importantes como esse discutido hoje aqui. Minas paga quase 500 milhões por mês de juros à União”, justificou. Embora admitindo que os avanços têm sido pequenos, manifestou, contudo, a esperança de que, com a mobilização, as negociações ganhem fôlego, considerando o peso do setor agropecuário na economia . “Sem o acompanhamento da Emater, a produtividade no campo diminui. Pagar salários dignos para os funcionários da empresa não é gasto, mas investimento”, disse.
A Emater conta, hoje, com 2.064 funcionários, dos quais 57.91% são extensionistas que atuam no campo, com apenas um técnico para 324 produtores. A empresa está presente em 690 municípios. Contudo, o número de extensionistas é insuficiente para atender à demanda dos produtores rurais. Segundo os participantes, o déficit gera grande sobrecarga de trabalho sobre os servidores da empresa, que sofrem com a falta de perspectiva e a baixa remuneração.
Fonte: ASCOM / Matéria: jornalista Ana Karenina