Publicado em 11/07/2012 - politica - Da Redação
Na próxima semana, Ricardo Gandra estará ministrando uma palestra que envolve os conceitos de marketing político e marketing eleitoral, suas ferramentas e sua forma de utilização e, no frigir dos ovos, de maneira coloquial, a diferença entre eles é o seguinte: o primeiro cuida da imagem da pessoa pública eleita e é realizada durante todo o mandato e, o segundo, realizado nos dias atuais, visa incrementar a venda do produto ao consumidor. Na linguagem do marketing político, seria objetivar a aceleração da aceitação do eleitor quanto ao candidato para o cargo concorrido.
O marketing eleitoral é muito importante principalmente para os candidatos à prefeito e para os vereadores em cidades maiores também. Não que em cidades menores, o marketing eleitoral não seja importante, mas o fato de o candidato a vereador ter mais facilidade de aproveitar o elemento face-a-face o credencia a poder abrir mão das ferramentas usuais de comunicação nesta época, lembrando no caso dos vereadores. Para ser prefeito precisa-se de um profissional deste, independente do tamanho do município, isto é, se o sujeito deseja realmente ser eleito com menos obstáculos.E o profissional de marketing é muitas vezes chamado de ‘marqueteiro’, termo confundido no País, porque normalmente é ligado a um sujeito que assessora um candidato desonesto e que usa de fins ilícitos para inserir em um cargo público um homem de ações ilícitas. Marcos Valério está nesta lista aí!Mas enfim, o marketing eleitoral precisa de profissionais da comunicação como relações públicas e jornalistas para plantar o candidato na imprensa, provocar pautas na mídia, cuidar da agenda do candidato, das minúcias de cada visita e para fortalecer o bom vínculo com a imprensa.Quem possui um bom profissional de marketing nestas horas tem enorme chance de ganhar uma eleição, no entanto, não garante a vitória e um dos principais motivos do insucesso é a vida passada do candidato. É claro que no Brasil, muitas vezes vemos por aí José Sarney, José Genuíno, Paulo Maluf, que nada acrescentam em seus currículos para nós, seres dotados de uma crítica embasada. E porque o vemos na vida pública? Porque muitos brasileiros trocam o seu voto por uma cesta básica, por um terreno na periferia, por uma garantia de emprego ou até por uma quantia de dinheiro. Além disto, são candidatos muito bem dotados de recursos financeiros e isto em nosso País faz toda a diferença. Mas para finalizar, há esperança, porque o acesso à informação está cada vez mas democrático e isto tem dificultado a vida de quem deseja se eleger depois de realizar mandatos recheados de acusações ou de pura inércia. O marketing eleitoral, nestes casos, tem enorme dificuldade de eleger um perfil destes. Concluindo: marketing eleitoral elege? Sim, mas não faz milagres!
* Ricardo Gandra é jornalista, pós-graduado em Marketing e Comunicação, pós-graduado em Comunicação Empresarial, pós-graduado em Imagens e Culturas Midiáticas, é assessor de imprensa de um parlamentar desde 2007 e é palestrante nas áreas de Comunicação e Marketing desde 2003. Seu site é www.ricardogandra.com