Mosconi lamenta subfinanciamento da saúde pública

Publicado em 14/04/2014 - politica - Da Redação

Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Saúde (07/04), várias entidades médicas e políticas disseram que o setor, apesar de alguns avanços, ainda está longe do ideal. Vários eventos foram realizados para se debater o tema. O presidente da Comissão de Saúde da ALMG, deputado Carlos Mosconi (PSDB), disse que o governo federal põe toda a responsabilidade para Estados e Municípios.

“Falta investimento da União na saúde pública. Na época do Inamps, o trabalhador pagava para ter direito ao tratamento médico e o governo federal não precisava colocar recursos. Com a implantação do SUS, a União continua achando que não precisar investir nada e empurra a situação para Estados e municípios resolverem”, lamenta Mosconi em audiência pública na ALMG.

Segundo a presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Amélia Fernandes Pessoa, nos últimos 10 anos, foram aprovados R$ 53 bilhões de investimentos da União em saúde, mas somente R$ 5,5 bilhões foram efetivamente gastos. “Desde o início, o governo federal se recusa a ouvir as demandas da população. Não adianta anunciar um plano e não zelar por ele”.

Classe Médica - O 1º vice-presidente do Conselho Regional de Medicina, Fábio Augusto de Castro, afirmou que há um retrocesso nas condições trabalhistas. “Falta infraestrutura para que o profissional realize um bom trabalho. O médico sozinho não consegue salvar uma vida, se não tiver uma equipe capacitada e instrumentos necessários”.

Por esse mesmo motivo, o programa federal Mais Médicos foi criticado pelo presidente da Associação Médica, Lincoln Lopes Ferreira. De acordo com ele, o programa contém um “alto grau de improvisação”. Ele questionou o que chamou de “efeitos colaterais” do programa, criticando o desrespeito às normas trabalhistas do país.

Fonte: ASCOM / Texto: Janaina Massote - Assessora de Imprensa do dep. Carlos Mosconi (PSDB)