Publicado em 23/04/2012 - politica - Assessoria de Comunicação
Deputados estaduais de diversos partidos estiveram em Varginha na tarde da sexta-feira (20), para mais um encontro regional do movimento suprapartidário “Renegociação Já”, liderado em nível nacional pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg). O objetivo do grupo é exigir o refinanciamento da dívida de Minas Gerais e de outros 24 Estados brasileiros, junto ao Governo Federal, em níveis compatíveis com os juros praticados no país e de acordo com capacidade real de pagamento de cada unidade federativa.
Participaram do encontro, realizado no Centro de Treinamento dos Professores, o presidente da Almg, Diniz Pinheiro, os deputados estaduais, Carlos Mosconi, Dalmo Ribeiro da Silva, Antônio Carlos Arantes, Adelmo Carneiro Leão e Dilzon Melo. Também prestigiaram o encontro, o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, o presidente da Regional Sul da Fiemg, Ary Novaes, o presidente da Câmara de Vereadores de Varginha, Vérdi Lúcio Melo, diversos prefeitos, vereadores empresários e autoridades da região.
As lideranças presentes ao encontro ressaltaram a necessidade da realização de um novo pacto federativo para resolver de vez a distorção atual, onde 70% dos recursos financeiros ficam em poder da União e apenas 20% com os estados e 15% com os municípios. Os parlamentares pedem também urgência na renegociação da dívida de Minas Gerais, que segundo eles consome anualmente R$ 4,1 bi
do Orçamento do Estado, recursos que são diretamente descontados dos repasses do Governo Federal.
Pinheiro informou que o movimento pela redução da dívida e a mudança do indexador atual (IGP-DI) se estenderá por todo o Brasil, mobilizando atores políticos das mais diversas regiões, buscando maior interação com as entidades, como a Fiemg e a Associação dos Municípios Mineiros (AMM). “Dessa forma, esperamos o mais rápido possível conseguir a renegociação das dívidas dos Estados”, acrescentou.
Mosconi comenta que levando em conta o investimento anual em saúde no Brasil, cerca de R$ 3 bi por ano, Minas Gerais paga a União pela divida mais que um orçamento da saúde. O parlamentar destacou, ainda, que não é possível o estado sobreviver com um acordo desse tipo, que impõe uma divida desse tamanho, e conseguir fazer frente aos problemas dos 853 municípios.
Cálculos da Assembleia Legislativa mostram que com R$ 1 bilhão a mais nos cofres de Minas seria possível construir mais de 1.000 quilômetros de estradas, ou 37 mil casas populares. Também poderiam ser criadas unidades escolares para 399 mil alunos ou cinco mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os encontros regionais acontecem até o dia 22 de maio e na próxima terça feira, dia 24, os deputados estarão em Uberaba.