Publicado em 06/12/2013 - politica - Da Redação
Com cofres vazios, gestores ainda planejam a melhor saída para o pagamento do benefício.
Segundo a pesquisa da Associação Mineira de Municípios - AMM, as cidades não terão facilidades para pagar o benefício. Sem recursos para investimentos, os gestores municipais estão se desdobrando para pagar o 13º salário. Muitas cidades tem atrasado o pagamento de fornecedores, e reduzindo os cargos comissionados para executar as folhas salariais.
O desejo dos prefeitos mineiros em cumprirem com suas obrigações já pode colocar em risco o próximo ano. Muitas prefeituras devem entrar em 2014 com um déficit alarmante, devido o número de demandas e a falta de recursos disponibilizados pelo Governo Federal. Esta distorção nas administrações municipais já acumula, entre o ano de 2012 e setembro de 2013, um prejuízo de R$ 864 milhões, apenas com as desonerações de impostos concedidos pela União e que refletiu negativamente nos cofres das cidades mineiras. As ações do Planalto Central colocaram as cidades brasileiras na maior crise financeira dos últimos tempos.
Um espelho disso é que, segundo estudos do departamento de economia da AMM, quase 30% dos municípios mineiros não deverão ter orçamento suficiente para pagar o 13º salário. Ainda assim, mesmo com as receitas em queda e sem capacidade para investir em políticas públicas próprias, 68,1% dos municípios pesquisados tem a expectativa de pagar o 13º salário em uma única parcela, 19,1% vão devem pagar em duas parcelas e 12,8 pagaram durante todo o ano.
Das cidades que devem pagar em parcela única 63,5% irá efetuar o depósito do benefício no mês de dezembro. Já 6,3 dos municípios devem dividir o pagamento entre os meses de novembro e dezembro e outros 11,5% vêm pagando o 13º salário durante todo o ano. 18,7 dos municípios consultados não responderam como irão pagar o benefício.
Aproximadamente 92,7% das cidades que participaram da pesquisa continuam investindo 25% de suas receitas em educação como determina a lei. Todas as cidades mineiras também estão investindo o mínimo de 15% obrigatórios em saúde pública, no estado a média é que cada município investe aproximadamente 23% de suas receitas na área. A pesquisa foi realizada entre os dias 04 e 18 de novembro com os 853 municípios mineiros, tendo resposta de 96 cidades. A pesquisa foi feita por manifestação espontânea.
Contra esta distorção da federação, onde os recursos se encontram na União e as necessidades nos municípios, a AMM irá promover, no dia 13 de dezembro, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG, o DIA DO BASTA. Uma oportunidade dos gestores municipais apresentarem a realidade dos municípios para a sociedade.
Fonte: Departamento de Comunicação - AMM