Participação dos cidadãos é fundamental na guerra contra a dengue no Estado

Publicado em 12/01/2012 - politica - SEGOV - Agência Minas

“Essa doença não se combate por atos exclusivos do governo. O fundamental, ação nuclear, é a mobilização da sociedade, cada cidadão se percebendo como um guerreiro nessa luta e fazendo a limpeza da sua própria casa”, comentou o governador Antonio Anastasia.

O Governo de Minas divulgou, recentemente, um plano de ação para enfrentamento da dengue em 2012. O que prevê esse plano, governador?
Antonio Anastasia: Em primeiro lugar, é bom lembrar que a dengue é uma doença séria, é uma doença que mata e nós temos de estar muito mobilizados nessa verdadeira guerra contra a dengue. Nós tivemos uma situação muito ruim no ano de 2010. Tivemos cerca de 260 mil casos. Se nós não tivéssemos adotado ações vigorosas, que eu já vou exemplificar, nós poderíamos ter chegado a 500 mil, mas conseguimos reduzir bastante, para 60 mil casos. Mesmo assim, é um número expressivo. Essas ações são especialmente ações de mobilização. A dengue não se combate por atos exclusivos do governo, mas por atos de cada cidadão, que erradica ou elimina o foco do mosquito da dengue em sua casa. Na realidade, 84% dos focos da dengue estão dentro das casas das pessoas. Então, o primeiro esforço é a mobilização e, é claro, que, além disso, a qualificação do nosso corpo clínico, a força-tarefa que visita as cidades que estão em maiores dificuldades, levando equipamentos e instrumentos para reduzir a presença do mosquito e, ao mesmo tempo, aumentando também o número de leitos disponíveis para as pessoas que eventualmente sejam acometidas de dengue. Mas o mais importante, o fundamental, ação nuclear, é a mobilização da sociedade, cada cidadão se percebendo como um guerreiro na luta contra a dengue e fazendo a limpeza da sua própria casa.

Apesar da melhoria, ainda é preciso avançar na luta. Como as pessoas podem participar dessas ações junto com o governo?
Antonio Anastasia:
Temos ainda muito a avançar. Sessenta mil casos é um numero muito expressivo, ainda que Minas Gerais tenha reduzido em quase 80% o número percentual que tivemos de dengue em 2010 para 2011, o número ainda é expressivo. Não queremos nenhum caso. Sabemos que é difícil, mas vamos lutar nesse sentido e, através das grandes campanhas de mobilização, com ajuda dos veículos de comunicação, da imprensa, das campanhas que estamos fazendo com nossos parceiros, trocando, inclusive, garrafas pet e pneus por brindes, por prêmios e por prendas, isso é fundamental para mobilizarmos a sociedade. Então, cada pessoa tem, em primeiro lugar, que se conscientizar, tem de se perceber como um elemento ativo na luta contra a dengue, e, aí sim, nós vamos conseguir erradicar o foco do mosquito e, por consequência, a doença.

Governador, a exemplo do que aconteceu no ano passado, o governo vai escolher alguns municípios, que são referência no combate à dengue, para uma premiação. Como vai acontecer essa premiação?
Antonio Anastasia: Essa premiação se dá através das práticas aplaudidas, não só do resultado objetivo da redução do índice de infestação e de casos de dengue, mas também de práticas inovadoras, empreendedoras, participativas e inclusivas da sociedade. Nós tivemos agora a premiação, por exemplo, dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Patos de Minas, entre outros, que tiveram grande destaque na guerra contra a dengue. Mas precisamos levar esses exemplos a todos os municípios mineiros que já vêm colaborando muito. Mas é sempre bom dizer aqui, a cada prefeito, a cada vereador, a cada secretário municipal da necessidade da sua articulação com o governo. E volto a insistir, especialmente a você que agora me assiste, me escuta e é cidadão mineiro, que sabe que na sua casa, eventualmente, pode haver um foco da dengue, nós temos que trabalhar juntos para erradicar esse risco e termos um ano de 2012 com um número ainda menor de afetados pela doença. A guerra é permanente e deve ser encarada, com muita coragem e ao mesmo tempo com muita tenacidade. Não é fácil vencer esses focos, que eles são muito simples de serem disseminados em qualquer pequena garrafa, qualquer pequeno vaso, pode haver ali um foco de dengue. Por isso mesmo, cada cidadão tem que ser mobilizado. Sabemos que as campanhas de divulgação já levaram a toda à população a consciência da gravidade da doença e o que fazer para combater os focos. Agora precisamos ainda mais. Ao agradecer o esforço de 2011, contar com um esforço ainda maior em 2012 para nós, de fato, termos vencida essa guerra que continua e que envolve cada um.