Publicado em 13/06/2018 - politica - Da Redação
Comissão aprovou parecer de 1º turno à proposta e foi aplaudida por
categoria que assistiu à reunião na terça (12).
Está mais perto da apreciação pelo Plenário da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/18, que prevê
o pagamento do piso nacional da educação aos servidores estaduais
dessa área.
Sob aplausos de professores estaduais, a Comissão
Especial que analisa essa PEC aprovou, nesta terça-feira (12/6/18), parecer
de 1º turno sobre a proposta, que é de autoria do deputado Rogério Correia
(PT), 1º-secretário da ALMG, e outros 72 parlamentares.
A matéria, que agora já pode ir a votação no
Plenário, também garante que os valores dos vencimentos de todas as carreiras
do magistério passem a ser reajustados na mesma periodicidade e em decorrência
de atualizações do piso nacional.
O relator da PEC 49/18 na comissão, deputado Durval
Ângelo (PT), opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 1. Na
avaliação dele, a PEC configura “um instrumento definitivo para assegurar
estabilidade e continuidade à nova política remuneratória”.
Ainda segundo o relator, a proposição promove a
valorização dos profissionais de educação, ao acompanhar o que é previsto
pelo Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Por último, Durval afirma
ser “vital que a educação conte com uma política de Estado que não se sujeite à
discricionariedade dos governos”.
Substitutivo - Quanto às alterações no texto,
o relator propôs a supressão da menção a leis ordinárias, inclusive à Lei Federal 11.738 (que
estabelece o piso nacional), de 2018. Como essas normas podem ser revogadas por
outras leis ou modificadas, isso geraria lacunas no texto constitucional e
prejudicaria sua exequibilidade, causando insegurança jurídica.
Como consequência dessa primeira alteração, afirma
o relator, é preciso deixar claro que o valor integral do PSPN, com as devidas atualizações,
deve ser considerado para a fixação do vencimento inicial das carreiras dos
profissionais de magistério da Educação Básica. Nesse sentido, Durval Ângelo
julgou necessário explicitar que a norma se aplica também aos cargos com
jornadas de 24 horas semanais, em conformidade com a política remuneratória
adotada a partir de 2015.
O deputado também nomeia no texto as oito carreiras
que integram o Grupo de Atividades de Educação Básica do Estado, que são:
Professor de Educação Básica (PEB), Especialista em Educação Básica (EEB),
Analista de Educação Básica (AEB), Assistente Técnico de Educação Básica (ATB),
Técnico da Educação (TDE), Analista Educacional (ANE), Assistente de Educação
(ASE) e Auxiliar de Serviços de Educação Básica (ASB).
Por último, explicita que os reajustes concedidos
em face das atualizações do piso nacional seguem a mesma periodicidade e
percentual instituídos pela norma federal e são estendidos a todos esses
profissionais de educação básica.
Emenda - Na reunião, o vice-presidente da
comissão da PEC, deputado Glaycon Franco (PV), propôs uma emenda à PEC, para
garantir que os vencimentos dessas carreiras fossem reajustados, além da mesma
periodicidade (já prevista no texto), na mesma proporcionalidade. Mas Durval
Ângelo rejeitou a proposta, afirmando que esse aspecto já estava contemplado no
substitutivo.
Oposição defende mudanças na PEC
O deputado Sargento Rodrigues (PTB) defendeu
alterações no texto, alegando que a PEC precisa de maior “amarração jurídica
para que possa assegurar e efetivar direitos”. Segundo ele, seria importante a
proposta prever que, toda vez que houvesse reajuste do piso nacional, o Estado
teria um prazo para criar um projeto de lei ajustando o vencimento dos
servidores estaduais da educação ao piso.
Também a deputada Ione Pinheiro (DEM) se mostrou
preocupada com os professores designados com jornada inferior às 24 horas
previstas na PEC. “Quero que o direito de reajuste pelo piso nacional seja
assegurado a essas pessoas”, disse. Em resposta, Durval Ângelo julgou
importante a preocupação dela, mas esclareceu que essa previsão está contida no
Estatuto da Educação.
Jornada - Já o deputado Rogério Correia
elogiou o substitutivo, acrescentando que a menção às 24 horas como jornada
mínima elimina tentativas de descumprimento do piso. Isso teria ocorrido,
segundo ele, no governo passado, quando este afirmava que pagava o piso
nacional só que para uma jornada de 40 horas. Nesse sentido, ele também avaliou
que ficou claro que o governo não poderá mais pagar aos profissionais da
educação por meio do subsídio, como havia sido adotado na gestão anterior.
Por fim, o deputado Cristiano Silveira (PT)
parabenizou a categoria, assim como a deputada Celise Laviola (MDB), que
elogiou os professores e parlamentares pelo avanço da PEC 49/18.
ASCOM