Produtores de queijo pedem tolerância na fiscalização do produto

Publicado em 15/08/2012 - politica - Da Redação

Dezenas de produtores do queijo Minas artesanal Frescal, do município de Caldas, pediram maior tolerância aos órgãos de fiscalização do governo de Minas Gerais e da Vigilância Sanitária de Poços de Caldas, para que eles possam continuar comercializando o produto na região, enquanto a lei já aprovada pela Assembleia Legislativa no início de 2011, que trata das condições de comercialização do produto, seja sancionada pelo governo do estado. Os produtores de queijo participaram de encontro, agendado pelo deputado estadual, Carlos Mosconi, na tarde da terça-feira (14) no escritório regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em Poços de Caldas, para obter mais informações sobre a comercialização do produto.
O grupo foi recebido pelo chefe a seccional do IMA no município, Wladimir Ferreira Fadini, que informou que não é da rotina do órgão promover esse tipo de fiscalização em comércio estabelecido. Segundo ele, a Vigilância Sanitária de Poços de Caldas é a responsável por definir parâmetros de venda do produto.
O grupo de produtores afirma que 100% da produção de queijo frescal se destinam a Poços de Caldas e que atualmente tem havido dificuldade na venda, porque os comerciantes estão apreensivos em adquirir o produto, devido à fiscalização da Vigilância Sanitária.
Mosconi lembrou acordo firmado no final de 2010, com o objetivo de garantir a continuidade da produção do queijo pelo período de dois anos. Segundo ele, participaram do acordo o IMA, o Ministério Público e a Vigilância Sanitária estadual. O deputado não acredita que a lei será sancionada ainda este ano, por isso, pediu compreensão aos órgãos envolvidos para permitir a comercialização do produto por mais um período.
O Distrito de Santana de Caldas, no município de Caldas, possui população de quatro mil habitantes e ali a situação é mais complicada porque muitas famílias vivem, ou complementam a renda, com a venda do queijo. No local são produzidos mais de 70 mil quilos/mês de queijo Minas Frescal, cerca de dois mil quilos por dia.
Dados da Associação dos Produtores de Queijo do Planalto Caldense (Aprocaldas) mostram que a bacia leiteira, no início de 2011, gerava cerca de 2.000 empregos diretos. “Tem gente que já abandonou a produção, por que está insegura com a dificuldade de comercialização do produto”, comenta o grupo.
O parlamentar manterá contato com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e a direção da Vigilância Sanitária estadual para reafirmar o acordo. Um grupo de produtores buscou também no final da tarde desta sexta-feira a Vigilância Sanitária de Poços de Caldas para esclarecer o assunto.

AGRICULTURA FAMILIAR – Mosconi e Wladimir se dispuseram a auxiliar os produtores a se adequarem a legislação e também como proceder para fazer o cadastro no Programa de Agricultura Familiar, junto a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), como forma de conseguir regularizar a comercialização do queijo Minas Frescal em condições especiais e, também, buscar financiamento para o negócio.

Assessoria de Comunicação