Record exibiu programa errado de Hélio Costa

Publicado em 29/09/2010 - politica - Assessoria de Comunicação

Os coordenadores de campanha da coligação ‘Todos Juntos por Minas’, Anderson Adauto e Maria do Carmo Lara, deram coletiva à imprensa para manifestar a contrariedade e a surpresa pela não veiculação do programa de televisão da legenda previsto para a noite de ontem (27). “Estamos na reta final de uma campanha muito acirrada, com um grande número de indecisos, então o fato acabou causando estranheza para nós. É nossa obrigação externar isso para a população”, declarou o prefeito licenciado de Uberaba, Adauto.
“Desde 1982 que não vejo número tão grande de indecisos em uma campanha majoritária. Por isso, nessa reta final tudo pode acontecer”, afirmou Maria do Carmo. A cada oito dias, uma emissora de televisão fica responsável por receber e gerar para os outros canais os programas das coligações. No dia 27, às 13h03 foi protocolada a entrega do material da coligação ‘Todos Juntos por Minas’ que seria veiculado à noite aos responsáveis da Rede Record, que, porém não foi ao ar, sendo substituída pelo programa veiculado na sexta-feira. A Rede Record foi a responsável pela recepção e geração dos programas dos dias 22 a 30 de setembro. Segundo Adauto, as medidas cabíveis foram tomadas: “fizemos o que tínhamos que fazer. Registramos o boletim de ocorrência e nosso setor jurídico irá continuar as investigações para ver até que ponto as coisas aconteceram da forma como a TV coloca”. Ele lembrou que no início da campanha as inserções de rádio não foram veiculadas em diversas cidades do interior, apesar de terem a entrega protocolada. A Rede Record enviou nota à coordenação declarando um erro na leitura do mapa de mídia por parte do gerente de programação Antônio Masterson Alves. Segundo o advogado da coligação, Matheus Moura, as penalidades vão da multa até retirada da rede do ar, porém a rede ainda vai apresentar sua defesa. “Nem é esse nosso objetivo, pois o prejuízo já foi causado. Não há tempo para reparação legal, mas vamos continuar a apuração”, declarou.
Durante a coletiva, Anderson e Maria do Carmo apresentaram um estudo referente às pesquisas de intenção de voto, em que registram um fenômeno repetido nos últimos anos no Estado. De acordo com eles, os institutos apontaram, nos últimos dias das campanhas de 2002 e 2006, números muito diferentes dos que foram apurados nas urnas. “Em 2002 o Datafolha deu que Nilmário teria 20% dos votos, já o Ibope deu 22%. Quando as urnas foram abertas, ele teve 30,7% dos votos válidos. Em 2006, o Datafolha apontou 14%, o Vox Populi 6% e a Sensus 11,1% das intenções de voto para o mesmo candidato ao governo de Minas. O resultado foi 22,3%”, pontuou o coordenador. De acordo com ele, não se trata de colocar em cheque a qualidade do trabalho dos institutos, mas sim mostrar que esse fenômeno existe e, ainda segundo Adauto, ‘irá no mínimo se repetir nessas eleições”.