Publicado em 18/12/2019 - politica - Da Redação
BRASÍLIA – Na última sessão
legislativa do ano para votar o Orçamento Geral da União de 2020, na terça-feira
(17), o senador Rodrigo Pacheco, líder do Democratas, votou contra o aumento no
valor do fundo eleitoral. Para o senador mineiro, a decisão do Congresso de
rejeitar o aumento de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões, como queriam alguns
parlamentares, foi, além de “sensata”, uma resposta ao clamor da sociedade. 
Aprovado em 2017, o Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundo eleitoral, é
repassado aos partidos políticos pelo Tesouro Nacional para custear as
campanhas eleitorais. “Muito sensata a decisão de manter o fundo eleitoral
proposto pelo Governo, no valor de R$ 2 bilhões. Embora necessário ao exercício
da Democracia, não havia mínima lógica em aumentá-lo, por isso me posicionei
contra”, explicou o parlamentar. 
Em 2018, o valor transferido
às legendas foi de R$ 1,7 bilhão. No próximo ano, os R$ 2 bilhões aprovados
irão patrocinar campanhas de candidatos a prefeito e vereador. Por se tratar de
verba pública, o aumento do seu valor para R$ 3,8 bilhões foi criticado pela sociedade
civil, governo e alguns parlamentares, já que poderia tirar dinheiro de áreas
prioritárias para o país, como saúde, educação e infraestrutura. 
Apesar de ser considerado o principal mecanismo de financiamento público dos candidatos, o fundo eleitoral não é a única fonte de renda das campanhas eleitorais. Também é possível usar recursos próprios, doação de pessoa física, além do fundo partidário - verba pública para subsidiar o funcionamento das legendas, distribuída mensalmente. Para o próximo ano, deverão ser repassados R$ 959 milhões em fundo partidário.
ASCOM