Publicado em 21/08/2018 - politica - Da Redação
Originária do PL
5.189/18, do próprio governador, aprovado em Plenário no dia 25 de julho, a LDO
(Lei 23.086) prevê uma receita
orçamentária de R$ 98,8 bilhões em 2019. No entanto, estima-se que a despesa supere
a receita, gerando um deficit de R$ 5,6 bilhões.
Também é esperado saldo negativo no resultado primário, que é a
diferença entre receitas e despesas, descontadas as operações financeiras. Para
2019, a estimativa é que esse deficit seja de R$ 677 milhões.
O Poder Executivo também trabalha com a previsão de crescimento de 6,6%
da receita tributária, estimada em R$ 63,5 bilhões em 2019. A
principal fonte arrecadadora continua sendo o ICMS, que teve participação de
76% na arrecadação tributária do Estado em 2017.
Em relação às despesas, a previsão é de que o principal gasto seja com
pessoal e encargos sociais, que representa 59% do total das
despesas correntes do Estado.
Para a sua projeção, foram considerados os efeitos dos reajustes
concedidos às carreiras da educação e da Secretaria de Estado de Fazenda, o
dissídio coletivo para as empresas públicas subvencionadas pelo tesouro
estadual e o crescimento vegetativo da folha de pagamentos.
Juros da dívida pública
Com relação à dívida pública, o valor projetado para o
pagamento dos juros, dos encargos e da amortização totaliza R$ 8,1 bilhões,
o que equivale a um aumento de aproximadamente 8,4% em relação ao projetado
para 2018.
A estimativa de renúncia fiscal é de R$ 6,1 bilhões para 2019,
o que equivale a 12,3% da receita de ICMS e 9,4% da receita tributária. Há,
porém, a possibilidade de se conceder novas renúncias a partir desse ano e de
haver a prorrogação de benefícios que terminariam em 2018.
No que se refere aos chamados benefícios heterônomos, perdas
tributárias previstas em legislação nacional e que independem do arbítrio de
estados e municípios, a LDO traz a expectativa de perda de R$ 8 bilhões para
Minas Gerais, o que corresponde a 16% do ICMS estimado.
Para a fixação das metas fiscais, foram considerados:
·
Crescimento anual do
PIB brasileiro de 3%, em 2019, 2,4%, em 2020, e 2,3% em 2021;
·
Inflação, medida pelo
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,2%, para 2019, e 4%, em 2020
e 2021;
·
Taxa de juros equivalente
à taxa Selic de 7,7%, em 2019, e de 8%, em 2020 e 2021;
·
Dólar equivalente, em
média, a R$ 3,30, em 2019, R$3,40, em 2020, e R$3,50, em 2021.
O governo também destaca que, devido à atual crise
financeira, não
haverá margem para expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado em
2019, como a folha de pessoal.