Publicado em 15/05/2018 - politica - Da Redação
O PSDB lançou na
tarde da segunda-feira (14) a pré-candidatura do senador Antonio Anastasia ao
governo de Minas Gerais nas eleições deste ano. O evento foi realizado em um
hotel em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Participaram do
ato político representantes de diversas legendas que devem compor o arco de
aliança em prol do nome do tucano. Entre eles estão PP. PPS, PTB, PSC e PSD.
Essas duas últimas agremiações já fizeram eventos para selar o apoio a
Anastasia.
O senador afirmou
em coletiva de imprensa que está em tratativas com várias outras siglas que
tradicionalmente caminharam com o PSDB. “A fase agora é o de diálogo e da
conversa. Temos paciência porque a campanha é mais curta, as convenções são até
15 de agosto. Então ainda temos tempo para essas discussões. Vamos tentar, é
claro, fazer a coligação mais forte para termos apoio e volto a reiterar,
sempre com apoio de segmentos da sociedade civil, além dos partidos”, disse.
O tucano também
não descartou negociações com o MDB, que hoje está rompido com atual governador
Fernando Pimentel (PT). No início do mês, a agremiação determinou em prévias
partidárias que vai ter candidato próprio na corrida pelo comando do Palácio da
Liberdade.
“A política é a
arte do entendimento da palavra. Nós temos no MDB várias pessoas próximas.
Quando fui candidato em 2010, ainda que na época o adversário fosse do MDB
(Hélio Costa), centenas de prefeitos do partido me apoiaram formalmente. Então
claro que a abertura de diálogo hoje com o MDB, assim como com outros partidos.
Mas volta a dizer que sem pressa, com calma, com serenidade, e sobre tudo com
muito respeito a posição de cada partido. A campanha da minha parte vai ser de
alto nível”, declarou o pré-candidato.
Sobre a escolha de
um vice, já que é comentado que o deputado federal Marcos Montes (PSD), que
chegou ao lado dele ao ato político, Anastasia explicou que essa decisão
ficará a cargo das legendas aliadas. “Ele representa uma região muito
importante, do Triângulo Mineiro. Mas uma decisão sobre vice não caberá a mim,
mas de uma convergência dos partidos. Eles, em comum acordo, fazer a escolha do
melhor nome”, disse o senador.
Estratégia
No evento,
representantes de diversas áreas, como saúde, educação e segurança fizeram
questionamentos sobre os respectivos temas para Antonio Anastasia. Nas
perguntas dos convidados e respostas do senador não faltam críticas a atual
gestão do Estado e são relembrados programas e ações feitos na época em que o
tucano era governador, entre 2011 e 2014.
“Talvez por inveja
dos nossos resultados, tudo foi sumariamente finalizado. Mas nós vamos reconstruir”,
declarou ele ao comentar sobre a área da educação.
Ausência
esperada
Como já era
esperado, o senador Aécio Neves, que era considerado um quadro importante do
PSDB, não apareceu ao encontro. E a tendência comentada nos bastidores é de que
ele não participe da campanha de Anastasia. O receio é de que Aécio atrapalhe o
pré-candidato eleitoralmente, uma vez que é réu de ações que tramitam no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas publicamente o
que é dito por parlamentares do PSDB é que Aécio Neves vai se concentrar, neste
momento, em construir sua defesa. E que, no momento certo, ele vai decidir se
vai participar ou não do pleito deste ano. Essa, inclusive, é a justificativa
usada por Anastasia.
Questionado se um
dos motivos para que ele aceitasse a entrar na disputa eleitoral foi porque ele
teria total autonomia na campanha e determinou que seria sem a presença de
Aécio, o senador afirmou que o tucano vai decidir o seu futuro e cabe aguardar.
“Essa campanha eu terei a liderança e o comando da campanha, delegado pelo partido que estão apoiando minha candidatura. O senador Aécio vai decidir a seu tempo e a sua hora se é candidato ou não. Nós temos que aguardar e respeitar a sua decisão. É natural agora que é muito boato, muita conversa, mas nós vamos trabalhar firme para termos uma pré-candidatura consolidada e depois, se Deus quiser, uma candidatura vitoriosa ao governo”, declarou Anastasia.
(FRANSCINY ALVES, jornal O Tempo).