Publicado em 05/03/2021 - politica - Da Redação
O Plenário do Senado concluiu, na quinta-feira (4), a
votação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/2019.
A PEC Emergencial vai permitir ao governo federal o pagamento de mais uma etapa
do auxílio emergencial à população, fora dos limites do teto de gastos para o
ano de 2021. O parecer substitutivo aprovado pelos senadores obteve 62 votos a
favor e 14 contrários, e segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
Ao final da sessão, o presidente do Senado comentou a
aprovação da matéria e afirmou que o Congresso Nacional cumpre um papel
importante no enfretamento da pandemia. “Nos comprometemos desde o início da
nossa gestão como presidente do Senado pautar a PEC Emergencial e aprová-la com
uma condição de protocolo fiscal necessário para viabilizar o auxílio
emergencial. Aguardamos agora a aprovação da PEC pela Câmara dos Deputados e a
apresentação por parte do governo do auxílio emergencial que tanto almejamos”,
disse Rodrigo Pacheco.
Os senadores mantiveram o limite do custo total do novo
auxílio em R$ 44 bilhões, como previsto no parecer do senador Márcio Bittar
(MDB-AC). O valor, a duração e a abrangência do programa ainda serão definidos
pelo Executivo. “Dentro da responsabilidade fiscal e das limitações impostas
pela PEC Emergencial, o objetivo do Congresso Nacional é prover o valor mais
digno possível e assistir ao maior número de pessoas. Temos limitações fiscais
e vamos buscar fazer algo bem equilibrado”, destacou Pacheco.
A PEC Emergencial insere na Constituição Federal um
regime orçamentário excepcional para situações de calamidade pública. As
despesas com o programa não serão contabilizadas para a meta de resultado
fiscal primário e também não serão afetadas pela chamada “regra de ouro” —
mecanismo que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes,
de custeio da máquina pública. Em contrapartida, a proposta impõe, ainda, uma
série de medidas de contenção fiscal para compensar o aumento de despesas dos
entes federados.
Sessões remotas
Em razão do momento atual de cuidados redobrados com a
prevenção da covid-19 e visando à segurança dos parlamentares e servidores,
Rodrigo Pacheco informou que a Casa retornará ao Sistema de Deliberação Remota
a partir da próxima semana. A ferramenta criada no ano passado permitiu a
continuidade da atividade legislativa durante o período de isolamento social.
Naquele momento, o Senado brasileiro foi o primeiro Parlamento do mundo a
conseguir realizar uma sessão deliberativa 100% remota e segura.
A participação dos senadores nas reuniões acontece por
meio de videoconferência e apenas o presidente da sessão, que pode ser o
presidente do Senado ou um membro da Mesa, e um outro senador, o secretário da
sessão, ficam autorizados a estar presencialmente na sala de operações da
Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen), em Brasília, além de uma
equipe mínima de servidores da Secretaria-Geral da Mesa, da Secretaria de
Comunicação Social e do próprio Prodasen.
A sessão de debates temáticos com a participação do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, às 16 horas, ainda acontecerá no modelo semipresencial no Plenário do Senado.
ASCOM