Senadora Kátia Abreu visita região e discute políticas cafeeiras

Publicado em 23/04/2013 - politica - Da Redação

 

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), esteve no sul de Minas Gerais no sábado, 20/04. Ela veio a convite do deputado federal Geraldo Thadeu (PSD-MG) para discutir políticas para a cafeicultura. A senadora se reuniu em Poços de Caldas com autoridades pela manhã, e depois seguiu para Guaxupé para um grande encontro com produtores, sindicatos e políticos da região. No encontro, a senadora abordou temas como os desafios para a criação de política pública ideal para os cafeicultores brasileiros.

Em Guaxupé a senadora se juntou a Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), a Breno Mesquita, Presidente da Comissão do Café – CNA e ao prefeito do município Jarbas Correia Filho, na sede da maior cooperativa de café do mundo, a Cooxupé, onde conheceram as instalações e ouviram as reivindicações da classe cafeeira. Kátia Abreu afirmou que é grave a situação da cafeicultura, principalmente a de montanha e disse que a classe tem questões a serem resolvidas em curtíssimo, médio e longo prazo. “A questão a ser resolvida a curtíssimo prazo é a revisão do preço mínimo do café. Nessa próxima semana teremos uma reunião com o Mapa, Conab e Fazenda para estipular um reajuste desse preço mínimo, o grande impasse nesse caso é o preço total, e o preço regionalizado. Lutamos pelo preço regionalizado, pois assim serão atendidos os produtores que estão com dificuldades. Nós não podemos colocar um preço muito acima do custo de produção para quem não precisa, e então estimular o plantio fora de hora,” afirmou.

Ainda segundo a senadora, as ações a serem trabalhadas para médio e longo prazo são: estabelecer datas para os leilões e investir em pesquisas a fim de achar uma solução para diminuir o custo da mão de obra no café de montanha. “Já conseguimos uma grande conquista para essa região que foi a mudança no código florestal no que se diz respeito ao café de montanha. Num primeiro momento seria proibido produzir nas montanhas, e com isso a cafeicultura em Minas Gerais seria extirpada, mas nós conseguimos superar essa fase, e isso só foi possível através de uma intensa luta política de parlamentares que se importam com os produtores, como o deputado Geraldo Thadeu. Ele não foi apenas um votante, foi um participante e lutou junto com a gente para um código florestal mais justo. Nós temos que reconhecer os parlamentares que ajudam a gente, e o deputado Geraldo Thadeu é um desses parlamentares.

O deputado federal Geraldo Thadeu, que é membro da frente parlamentar do Conselho Nacional da Política do Café, afirmou que está atento às necessidades dos produtores da região, que segundo ele devem ter condições para um trabalho mais justo, pois a economia de toda a região gira em torno deles. “A economia da nossa região é baseada principalmente na agricultura, em especial no café. Quando o café está bem a economia gira, os municípios se fortalecem e assim mais investimentos em áreas como infraestrutura, saúde e educação podem ser feitos. É por isso que temos que dar muito valor à esse setor”, assegurou o parlamentar.

Segundo o presidente da cooperativa, Carlos Paulino, o encontro no sábado marcou o início do movimento de reivindicações de políticas públicas para a cafeicultura.  “O estado de Minas Gerais é a locomotiva do país na produção de café e a vinda da senadora foi de grande importância, pois estreitamos ainda mais o nosso contato para debatermos assuntos para a melhoria da cafeicultura. Por isso, entregamos documento contendo nossas manifestações do que precisa ser feito em termos de políticas públicas para que o setor seja reconhecido como deve”, explica Carlos Paulino. Os produtores de café, representados por seus sindicatos, também entregaram uma carta à senadora, no qual pediam mais atenção do governo federal, já que, segundo eles, a cafeicultura do sul de Minas Gerais contribui não só para a economia do Estado, mas para de todo o país. A carta foi entregue pelo presidente do sindicato dos produtores rurais de Guaxupé, Mario Guilherme P. Ribeiro do Valle (Maé).

Na quinta-feira, dia 25, vai ser discutida a elevação do preço mínimo da saca de café de 60 quilos de R$ 261 para R$ 340, o que, segundo os produtores é suficiente para cobrir os custos de produção. Cerca de 25 mil cafeicultores devem ir na quinta-feira à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em Brasília, para pressionar o governo.

Leite

A senadora também declarou que estuda iniciativas para a melhoria da produção de leite. O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo, e Minas Gerais é o estado que mais produz leite no país. Em 2011, o Estado produziu mais de 8,5 milhões de litros, o que representa 27,3% do total nacional.

Kátia Abreu esteve na fazenda São José, considerada a maior produtora de leite tipo A do Brasil, onde é produzido o leite Fazenda Bela Vista. Ela visitou as instalações conduzida por Sérgio Barbosa e afirmou que também está olhando pelos produtores desse segmento.

ASCOM