Zica Vírus gerou polêmica na Câmara de Muzambinho

Publicado em 09/02/2016 - politica - Da Redação

Zica Vírus gerou polêmica na Câmara de Muzambinho

Professores do IFSULDEMINAS Câmpus Muzambinho usaram a Tribuna da Câmara durante a reunião ordinária no dia 01 de fevereiro para falar sobre o Zica Vírus e pedir ajuda dos vereadores sobre como agir para prevenir a transmissão da doença na cidade.

O Prof. Carlos Alexandre Molina Nocioli abordou o tema “Alerta Epidemiológico para fevereiro em Muzambinho, enquanto que a Profa. Usha Vaschist falou sobre a “Medidas urgentes para evitar epidemia em Muzambinho”.

Inicialmente, o Prof. Carlos disse que falaria como um morador da cidade, com sua esposa grávida e preocupado com os casos de Zica Vírus no país. Para ele, o carnaval é preocupante diante da possibilidade do vírus chegar à cidade devido ao grande número de turistas e a presença do mosquito transmissor. A professora de biologia Usha, que vive na cidade desde 2011, disse que o cenário é de pandemia no país, estando presente em 14 estados. Devido à proximidade do carnaval, que atrai muitos turistas do estado de São Paulo, estado com a presença do Zica, a professora também mostrou-se preocupada. A professora pediu que medidas de prevenção sejam tomadas. Segundo ela, o Ministério da Saúde distribui um produto para combater o mosquito. Os professores esclareceram que a transmissão do vírus ocorre quando o mosquito pica uma pessoa contaminada e depois pica outra pessoa. O uso do fumacê foi apontado como uma forma de fazer a prevenção.

O vereador Cléber Marcon pediu ao presidente João Poscidônio o envio de requerimento ao Secretário Municipal de Saúde e realização de uma reunião extraordinária para discutir o tema. Para ele, se uma pessoa contaminada chegar à cidade, já é possível espalhar o vírus. O vereador Luquinha disse que havia chegado ao Legislativo um projeto, a ser votado em caráter de urgência, para a contratação de três agentes de controle de vetores.

Silene Cerávolo disse que tem visto somente as visitas domiciliares e que não há nenhuma outra ação de conscientização. Para ela, as medidas de combate ao mosquito transmissor deveriam estar sendo tomadas há um tempo e não apenas agora, que o carnaval está próximo. Silene disse não ver um caminho neste momento e nem o que o vereador pode fazer.  Segundo ela, se realmente chegar recurso federal para o combate ao mosquito, os vereadores poderão fiscalizar o uso da verba.

Para João Pezão, não há dengue em Muzambinho e o trabalho de controle de vetores é excelente. A professora Usha disse acreditar que não há casos de dengue na cidade por falta de diagnóstico preciso. Para ela, o trabalho dos agentes não é suficiente, sendo necessário outras ações para combate ao mosquito transmissor, principalmente devido ao Zica Vírus.

João Poscidônio disse que todo alerta é bom e convidou o coordenador do setor responsável, Fábio Vasconcelos, que estava presente no auditório durante a reunião, para falar sobre o tema. O responsável disse que há divulgação com o objetivo de esclarecer a população sobre o combate ao mosquito transmissor da dengue e Zica. Segundo ele, a Prefeitura está com uma força tarefa para realizar limpeza dos bens públicos, 03 agentes temporários deverão ser contratados e está sendo usado um veneno que inibe o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti. Para ele, é praticamente impossível o fumacê vir para o carnaval, pois é preciso notificar o início de epidemia e a cidade tem dois casos notificados até 2016, sendo casos importados. Segundo ele, medidas estão sendo tomadas para a prevenção, como a cobertura de caixas de água.

O vereador Pelezinho disse que Fábio Vasconcelos deu uma lição e explicação geral sobre o que está sendo feito. Cléber Marcon disse que é preciso aumentar a mão de obra da vigilância epidemiológica. Outros vereadores também elogiaram os esclarecimentos prestados pelo responsável pela área, principalmente com conhecimento da cidade e ações necessárias.