Publicado em 01/08/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
“Uma
das operações psíquicas mais sofisticadas que aprendemos, lá pelos sete anos, é
esta, a de tentarmos sair de nós mesmos para imaginar como se sentem as outras
pessoas. De repente, podemos olhar para a rua num dia de chuva e pensar o que,
de certa forma, significa sentir o frio que um menino pode passar por estar mal
agasalhado”. É a maneira de ver - o que é se colocar no lugar do outro - e como
pensa o médico psiquiatra Flávio Gikovate. Quando nos colocamos no lugar de
alguém, levamos conosco nosso código de valores. É isto que acontece com a
gente. E, às vezes, sem nos darmos conta, tornamo-nos autoritários e desejamos
sempre que o outro se comporte conforme nossas convicções. É. É assim que
agimos e mandamos esta: Eu no lugar dele agiria assim, diferentemente... É ou
não é? Ou, então, quando ao nos colocarmos no lugar do outro, procuramos
penetrar no íntimo do outro e não apenas transferir algo para o outro, mas todo
o seu pensamento, sua atitude, todo o seu eu para a cabeça do outro. É o início
e o fim da comunicação entre pessoas. Paramos com isso, ou procuramos entender
as nossas diferenças entre as pessoas? Porque estas diferenças são maiores do
que as que aprendemos a ver desde os nossos sete anos! Fácil, fácil é colocar a
culpa no outro. “É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro. Evita o
aperto de mão de um possível aliado. Convence as paredes do quarto, e dorme
tranquilo. Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo... Coragem,
coragem, vê se o que você quer é aquilo que pensa e faz. Coragem, coragem, eu
sei”... Do músico, cantor e compositor brasileiro Raul Seixas.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com