Publicado em 11/11/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
Não conhece?! Vou lhe
apresentar: a área do Campo Agrícola começou com a doação da Prefeitura do
município de Jacuí para a União, medindo 99 hectares. Através do Ministério da
Agricultura pelo Fomento Agrícola, que ali instalou um campo de fruticultura.
Tinha como objetivo a extração de polpa de sementes, para o desenvolvimento de
um grande projeto, culminando com a construção de diversos imóveis na parte
inferior central do terreno e, na parte superior, construções de mais prédios,
patrocinados pela SAJ – Sociedade Amigos de Jacuí. Foi um tempo áureo,
relevante, comandado por engenheiros qualificados e todos os funcionários da esfera
federal. Muitos deles ainda sobrevivem e residem aqui, saudosamente da época
esplendorosa. Porém esse programa foi definhando-se a tal ponto que faltava o
aproveitamento da “polpa”, da fruta em si, segundo informação de algumas
pessoas. Era um projeto pioneiro e gerador de bons empregos, mas tornou-se
inviável para a União. Posteriormente, as casas foram ocupadas por outras
empresas por algum tempo, até chegar aos dias catastróficos de hoje. Um
desperdício! Disponibilidade de prédios e local para o empreendedorismo capaz
de idealizar, realizar, implantar novos projetos sociais, serviços e negócios
para uma Jacuí carente de sonhos e realizações. Na edição nº 2353, do Jornal do
Sudoeste, em Curtas, página 2, do último dia 6, uma notícia alvissareira: uma comissão
de representantes do município, formada por deputado jacuiense, prefeito,
vereadores, procurador e assessor de senador, foi recebida em Brasília, em
audiência, na Superintendência do Patrimônio da União (SPU), para tratar do
retorno da fazenda para o município. E estas lideranças deixaram a capital
federal esperançosas por divisar uma luz no fim do túnel. Que venha a doação!
Que se implante um distrito industrial! Há muito espaço disponível! Entretanto,
que se preservem e aproveitem os prédios já existentes, com seus muitos
equipamentos e o maravilhoso painel óleo sobre tela da artista plástica Linah
Biasi (Pascoalina), conquistados à época do provedor Mário Goulart de Azevedo,
sonhador e benfeitor no crescimento fantástico de Jacuí. Ainda é possível
sonhar com uma reforma estrutural dos prédios (alguns já quase em ruínas),
antes que desabem, se desmoronem totalmente. E, de imediato, que cessem a
movimentação e retiradas de terras, um desastre ambiental, até mesmo para a
segurança de alguns prédios. Sonho ainda de um Portal de Turismo e informações
da cidade; a legitimação do Sítio Escola. O material está lá! A utilização das
salas para os cursos da Faemg, Senar; a busca de parcerias no INAES (Instituto
Antônio Ernesto de Salvo) e SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e
Pequenas Empresas), este presidido por ex- deputado da região e que conhece bem
nossa cidade e a fazenda em questão. As fotos ilustram a situação de um
patrimônio em desmantelamento.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com