Publicado em 10/07/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
Abrir
as portas, a cabeça, a inteligência e a referência. Esta foi minha aposta desde
muito, na convivência intelectual com o jornalista de opinião internacional e
editorialista (mais de 20 mil editoriais) Dídimo Paiva, para aprender a
escrever, conhecendo a acerbidade e aflição de um editor dentro de uma redação
de jornal. Vivi agarrado ao jornalista internamente nas redações estruturais do
Jornal O Estado de Minas, nas instalações da Rua Goiás com a Rua da Bahia,
acompanhando sua labuta diária na preparação, montagem e fechamento do diário,
a primeira página e a espera da determinação do Editorial – a opinião do
jornal, Notas do Dia e as Cartas para a Redação (esta a coluna mais concorrida
do jornal, com interferência de escolha até de um diretor), expectativa – era o
melhor da aprendizagem. Enquanto vários cadernos já haviam sidos fechados, era
chegada a hora do papo no cafezinho na Gruta Metrópole, logo ali em frente e
próximo do Cine Metrópole. E o aprendizado não tinha fim: a conversa girava em
torno do cotidiano e no que editar, notícias oriundas da “Agence France-Presse
(AFP), AFP Forum e A Associated Press ou AP: Especiais+Fotos+Últimas
notícias+Editoriais+Copa+Direitos
Humanos+Economia+Educação+Geral+Internacional+Justiça+Política+Saúde, e
continuava até a desoras, altas horas da noite. Naquela época, como até há
pouco tempo, funcionava assim. A conversa continuava na sua residência, na
gostosa rua São Domingos do Prata, bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte.
Conviver é ou não é aprender? Conviver, direito de aprendizagem e
desenvolvimento... Foi assim com Dídimo Paiva por muito tempo, vivendo e
aprendendo, lendo tudo o que ele escrevia, seus inteligentes artigos, seus
editoriais. Por conseguinte, com a minha persistência e a insistência dele,
continuei como seu aprendiz... até que num dia qualquer, ele lá e eu cá, o
Mestre Dídimo, vendo alguns textos meus, lascou: “até que enfim aprendeu
escrever”. E, mais tarde, em uma dedicatória, me chamou de caro primo – amigo –
e colega! Quanta honra! Hoje, não consigo escrever sem pensar no jornalista e
amigo. Assino meus artigos com tremenda responsabilidade sob o título de
Acadêmico Correspondente, a mim conferido pela Academia Paraisense de Cultura:
mais uma enorme honra!
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com