Publicado em 28/03/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
Na realidade, escrever para
quem? O jornalista Dídimo Paiva decretava: não passe de uma lauda, senão
ninguém lê. Já o poeta e escritor Olavo Borges sentenciava: crônicas devem ser
curtas e objetivas, assim terão muitos leitores. O que observamos num texto é o
seu tamanho, o seu conteúdo fica para lá. E como será que os leitores leem?
Pelo seu título? O que provoca interesse ao se abrir um jornal, por exemplo,
não sei... Às vezes buscam os colunistas, os editoriais e matérias de sua área
de atividade. Parar numa delas e ler até o final? Tem de haver uma sintonia
entre quem escreve e o leitor. Olha o fulano ali, o que será que está
escrevendo? Político interessa por bastidores, polêmicas, fofocas de seus
adversários, política e politicagem, cuja diferença é sutil, mas que tem por
objetivo atender aos interesses pessoais ou trocar favores. Já para os
intelectuais, a sua leitura é imprescritível a sua inteligência. Ler é bom,
ainda que sejam títulos inócuos e de conhecimento prático, indiferente,
desinteressante. Todavia, ao bom leitor, selecionar uma boa leitura, é
essencial para absorver conhecimentos e, assim, tecer opiniões críticas sobre
os vários temas e realidades. Caro leitor, não afronte o cronista. Escrever não
é passatempo... É preciso inspiração, pensar e pensar e, ainda assim, escreve
demais: assim, assim não deveria. Agora, escrever extensamente? Melhor escrever
um livro, se conseguir...
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com