Publicado em 29/10/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
É
muito mais fácil saber com quem brincar do que se desculpar depois. Esse
negócio de brincadeira com quem não se conhece é muito difícil. O tipo da
brincadeira nem sempre agrada a todos. É difícil. Brincar? Só com quem não
morde. Brincadeira tem limites. Há pessoas que gostam de fazer brincadeiras com
outras, mas não aceitam que brinquem com elas. É assim: escolher as
brincadeiras e as pessoas para brincar, se não... vai se dar mal. Brincadeira
tem hora. Espera aí! Melhor seria somente brincar com gente que consegue
separar as coisas. Foi apenas uma brincadeira. Quem de nós não tem amigos e
parentes que adoram fazer uma brincadeira, usando como argumento alguém que
esteja presente? Como gostamos de rir dos outros! Muitas vezes, fazem isso na
tentativa de criar mais intimidade. Ou mostrar aos demais que já a têm. E não
têm nem conhecimento desse alguém!? Fazem gozação em relação ao corpo, ao
cabelo, à careca, à voz, à forma de se vestir, ou ao aspecto de sua maneira de
se portar? Costumam descredenciar os outros através de gracinhas que, às vezes,
esbarram nas formas que não foram ainda aceitas na intimidade. E, quando
recebem uma resposta à altura, dizem que estavam só brincando, e que os outros
não têm senso de humor. Coisas do tipo... Mas que encontre satisfação em
comentar sutilmente que nem todos são capazes de captar, o que seria suficiente
para que o agressor se sentisse vingado. Poderíamos fazer esforço maior na
tentativa de perceber quando seria melhor perder a piada ao invés de uma
amizade. Tudo não passou de uma brincadeira. Será que vale a pena?!
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com
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