Publicado em 22/07/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
Nestes
duzentos e cinco anos de emancipação, ou seja, que se tornou livre e
independente, JACUÍ comemorou seu aniversário e festejou a seu jeito, de 19 a
21 de julho, com programação variada, como esporte – futebol e enduro de
regularidade; exposições de veículos obtidos pela PMJ; feiras de artesanatos,
com produtos como cachaça Jacuí, trabalhos manuais, como violas, bordados,
crochês, doces caseiros, fotos antigas e telas do artista plástico Márcio
Cintra. Ainda a reinauguração e instalações na Casa da Cultura no segundo piso
do prédio bicentenário, de possível construção primitiva em 1784, salas de
Multi Uso anexas ao Auditório Jornalista Dídimo Paiva, tais como: Biblioteca
Arthur Ferreira Brandão, Sala Mineira do Empreendedor em parceria com o SEBRAE
– Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas/ JUCEMG – Junta
Comercial do Estado de Minas Gerais e a PMJ. Durante a solenidade, a Secretária
Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Esporte, Angelita Aparecida Mendonça
Vieira, ressaltou em especial destaque como um presente à população de Jacuí.
Mas os jacuienses querem mais: o prédio tombado pelo IEPHA – Instituto Estadual
do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – já abrigara o antigo
Fórum, e foi sede da Cadeia Pública (no primeiro piso) até meados de 2013,
quando foi desativada. Hoje, se encontra livre. Seria o momento para abrigar o
nosso Museu. Jacuí merece. Este foi o sonho, e quase realizado à época, pelo
ex-prefeito e hoje digno deputado estadual e 1º vice-presidente da ALMG Antônio
Carlos Arantes. Naquele ano, o ex-prefeito nomeou e constituiu comissões para
levantamento, elaboração, catalogação, montagem e apresentação de peças e
documentos históricos raros. Faltou espaço. Hoje o temos. E onde está o acervo
patrimonial que compôs nosso primeiro Museu? Jacuí espera, precisa da
recomposição do Museu Histórico constituído então, antes que o tempo envelheça
mais, pois “o propósito do tempo é envelhecer o mundo, mas a resposta do
mundo é renascer sempre para o tempo”. Prefeito Geraldo Magela da Silva,
sei que o senhor, pela sua tradição cultural, vai presentear os seus
conterrâneos com a instalação do nosso Museu naquele espaço, dando mais
visibilidade ao único monumento histórico e patrimonial que sobrou. Muitos
outros foram destruídos por mãos desavisadas. Pois bem, aquelas grades grossas,
lindas (metaforicamente falando), forjadas em fundição daqui por mãos escravas,
deixe preservar, Prefeito! É preciso constar na história remanescente, atual e
futura. Sentimos falta, Prefeito, na cerimônia na Casa da Cultura, da execução
dos Hinos Nacional e o de Jacuí.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com