Publicado em 27/03/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
Foi numa época educadora o famoso Boletim
de Notas, onde os alunos e responsáveis acompanhavam o desenrolar do ano
letivo. Nota vermelha era o medo maior dos alunos. Era uma vergonha e prenúncio
de bomba (reprovação). A mensagem por si só dizia tudo... Ou você melhora, ou
se prepara para repetir o ano e ser rotulado de ‘o repetente’. Hoje, nem existe
esta possibilidade, porque o trato das coisas é diferente. Os pais eram
chamados à responsabilidade pela direção escolar e as coisas, não raras as
ocasiões, eram resolvidas com mudanças radicais. Infelizmente não havia
inclusão dos alunos com dificuldades especiais. O boletim era mensal –
procederia à expulsão do estudante da Entidade por incapacidade de aprendizagem
e ou por comportamento indisciplinado. Era por ali que os jovens mudavam de
rumo. A família e a escola impunham sua autoridade e o jovem virava gente.
Funcionava. Os professores eram reconhecidos como conhecedores da matéria que
lecionavam, privilegiados condignamente, respeitados socialmente. Hoje, os
administradores educacionais aproveitam do tema “educação é tudo” em todas as
suas plataformas: prometem, enxergam, mas... sem vontade política de soluções.
Fica mais fácil reclamar da falta de investimento na área e responsabilizar uns
aos outros. Ou assim: o município para o estado e o estado para a federação.
Com isso, o nosso país está aí dessa maneira. A mídia está aí a todo tempo
denunciando as falcatruas expostas. Valho-me, e convém o momento, da frase
histórica que o “General de Gaulle” lascou para todos os brasileiros: “O Brasil
não é um país sério”. (Charles André Joseph Marie de Gaulle – 1890 a 1970,
general, político e estadista francês). Será que o general já previa a nossa
vertiginosa declinação ao fundo do poço? O país vive situação difícil...
Renovação é a palavra da vez. Pessimismo? Sim. E quem acha o contrário, levante
a mão! O populismo tomou conta. Acabaram com a moral e cívica, com a seriedade.
Esculhambaram com tudo. Até com a educação. O que fazer? O povo, bem... o
povo é um detalhe. Um detalhe, mas com uma arma poderosíssima nas mãos: o seu
voto! E, com ele, busque candidatos comprometidos com a educação, sem os
vícios. Só com ele, o voto, combateremos a desigualdade, o preconceito e os
outros absurdos que nem compensa repeti-los aqui. O nosso momento atual é de
querer a igualdade, resgatar a ética, a valorização do cidadão e dos bons
costumes. BRASIL ZIL ZIL ZIL? Que nota o Boletim do BRASIL alcançaria hoje? Eu,
vocês, todos somos responsáveis!
Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico Correspondente da APC / Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com