Publicado em 24/05/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
A reforma do prédio do hospital,
inaugurada no sábado 19/05, numa solenidade que contou com a participação
de autoridades jacuienses, cidadãos e cidadãs, dos abnegados médicos pioneiros
e da UNIMED PARAÍSO, encheu os presentes de entusiasmo. Euforia, sim, mas não
podemos nos dar por satisfeitos. Pois bem. Mas o que é hospital na acepção do termo?
A palavra hospital vem do latim “hospes”, que significa hóspede, dando
origem a hospitais. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o hospital é um
elemento organizador de caráter médico-social, cuja função consiste em
assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva à população. É um
centro de medicina e de pesquisa biossocial. Sua função é restaurativa:
diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência. Com a palavra, o
prefeito da cidade informou sobre a tendência unilateral do Estado e da
Federação para a centralização regional do atendimento. Salientou que é
com muito sacrifício que faz transferências de repasses da PMJ para a entidade
e, ainda, que benefícios veiculares, como ambulância e carros para a área da
saúde, e em consequência para o hospital, são bem vindos, sem partidarismo
político. Mas pode mais, muito mais. É uma questão de petitório para todo lado.
Já o presidente da Unimed Paraíso, também se manifestando, enfatizou que a
presença da entidade em Jacuí era a forma de retribuição, momento de devolver à
cidade o que emprestou a Unimed. Confirmou, diante dos presentes, a
continuidade da parceria e mostrou disposição de novos benefícios. Então, é o
momento de novas parcerias. O visual do prédio tornou-se outro – sua fachada, a
logística do atendimento e acomodação dos pacientes – não resta a menor dúvida.
Merecidos elogios ao mentor que promoveu a iniciativa da reforma física do
prédio, como enfatizou seu atual diretor clínico. Entretanto, tanto a PMJ, como
a Unimed Paraíso e a diretoria do hospital (esta com campanhas promocionais
como a atual), podem equipar e transformar um “posto de atendimento” de
consultas e curativos, pelo menos num Pronto Socorro, no mínimo com RX e
interferências imediatas e internações, restabelecimento do laboratório de
análises clínicas e farmácia – uma Santa Casa! A primeira etapa está
satisfatória, mas não basta um prédio bonito. Necessário se faz uma
infraestrutura dinâmica, independente de Estado e Federação, dentro de um
padrão que a cidade merece. Vamos correr atrás da segunda parte. A causa é
justa e perfeita. E também nobre.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com