Publicado em 02/02/2021 - ponto-de-vista - Da Redação
Conversa!
Não precisa nem sair do lugar. Como? Todo mundo é igual? Nem pensar... De onde
tiraram essa ideia. Mas, cada qual é cada um. Entretanto, acho que a afirmação
só tem sentido se assim fosse: “Sentimento, todo mundo esconde. Sofrimento,
todo mundo tem. Solidão, todo mundo tem um momento. Pensamento, todo mundo
esconde o seu. Tempo, todo mundo luta contra ele. Todo mundo é igual quando
sente dor e perante a lei. E todo mundo é igual, sendo diferente. Todo mundo
tem uma pessoa. No pensamento de Clarice Lispector: “Se todo mundo é igual, no
temperamento tem um pouco de pimenta: não é todo mundo que gosta, nem todo
mundo que aguenta.” Ou então, no pensar do ator e político astro-americano
Arnold Schwarzenegger: “A pior coisa que eu posso ser é igual a todo mundo, eu
odeio isso.” Olha aqui, ser igual a todo mundo é muito chato. Só o amor
constrói. Será? “Amar é passar-se por bonzinho e tirar do outro o que precisa,
deve ser, todo mundo faz igual”. Eu fico aqui pensando, enquanto escrevo, que
você, caro leitor, está a fim de saber o que acho de ser todo mundo igual.
Apesar das igualdades existentes, há muitas desigualdades. Isso, sim, nas
mesmas proporções. Basta olharmos em nós mesmos, seres semelhantes... Talvez, e
talvez mais desigualdades. Não tem como ser todo mundo igual. Que seria do
mundo se todas as pessoas fossem iguais? Teriam as mesmas opiniões. Seria
totalmente confuso. Sei lá! Ser normal é normal? Ou ser normal é diferente? E
ser diferente é ser igual? Viu como é complexo? É. Mas igualdade é o que não
temos mesmo! Penso assim... Já John Lennon dizia que tinha o maior medo desse
negócio de ser normal, e ele sabia muito. E morreu cedo!
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com