Publicado em 26/06/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
Não
sei ao certo homenagear como gostaria este já conceituado artista, eis minha
reverência. É um misto de alegria e, ao mesmo tempo, uma honra ser seu
conterrâneo e escrever um pouco sobre ele. Entre Furnas, São Paulo e Jacuí,
cresceu e caminhou para a integridade. De Minas para o Brasil e, quiçá, para o
mundo. Já está entre os melhores no clássico “óleo sobre tela”. E nesta mostra
atual, dá conta de sua categoria. Vamos lá ver as pinceladas, espatuladas,
texturas e cores de Márcio J. Cintra – EXPOSIÇÃO 130 ANOS DA LEI ÁUREA: MEMÓRIA
E RESILIÊNCIA, na Galeria de Arte da Biblioteca Pública Estadual, no Circuito
Liberdade, em Belo Horizonte. Pinturas ligadas ao tema da escravidão e às
formas de resistência artística e cultural através do Congado. A mostra busca
dar visibilidade e reconhecimento à desigualdade e ao preconceito racial que
ainda existe no Brasil. Não consigo entender como CVJ – Câmara de Vereadores de
Jacuí – ainda não concedeu o Título de Cidadão Honorário ao ilustre jacuiense.
Está esperando o quê? Uma indicação e sugestão? Pronto! MÁRCIO JOSÉ CINTRA é um
pintor mineiro, autodidata, que começou a pintar aos trinta anos, buscando
criar um trabalho autoral, com influência direta de grandes mestres com
Velázquez, Chardin e, principalmente, dos holandeses dos séculos XVII e XVIII.
Trabalha essencialmente com a figura humana que, paradoxalmente, torna-se quase
secundária em meio a uma profusão de texturas e cores maravilhosas, que se
misturam na tela sem restrições ou comedimentos. Está expondo nesta mostra uma
série de pinturas sobre o Congado, que batizou de “Ritmo, Cores e Fé, Retratos
do Congado Mineiro”.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com