Publicado em 20/04/2018 - saude - Da Redação
Campanha vai de 23 de abril a 1 de junho e a meta é
vacinar mais de cinco milhões de pessoas, nos 853 municípios mineiros
Com o
tema “Pra enfrentar a gripe, vacine-se”, a Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais ( SES-MG) lança, nesta segunda-feira (23/04), a campanha de
vacinação contra a Influenza que vai até 1º de junho. O dia da mobilização
nacional está previsto para 12 de maio (sábado). O objetivo da campanha é
imunizar 90% das mais de 5,5 milhões de pessoas que fazem parte do público
alvo, ou seja, cerca de 5.034.284 pessoas.
Para a
Diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida, a
vacinação é uma das principais estratégias de prevenção da Gripe. “A vacina é
muito importante, pois ela tem contribuído, ao longo dos anos, para a redução
de complicações, internações e óbitos, especialmente na população de risco, que
são as crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos,
portadores de doenças crônicas não transmissíveis, entre outros.”, disse.
Segundo
ela, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número
de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em,
aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. Além da vacina, as
ações de prevenção da transmissão da influenza incluem a etiqueta respiratória
e a lavagem correta e frequente das mãos.
Para
reforçar a campanha no Estado, a SES-MG promoverá ações de divulgação que serão
realizadas em rádios, redes sociais (Instagram e Facebook) e distribuição de cartazes
sobre a gripe, além do hotsite da SES www.saude.mg.gov.br/gripe, com informações sobre a
doença, prevenção, dados e notícias. As ações buscam sensibilizar as pessoas
sobre a importância da vacinação e prevenção da gripe.
Segurança
da Vacina
Janaína
Almeida reforça que as vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunização
(PNI) do Ministério da Saúde contra o vírus da influenza são seguras e
eficazes. Elas são constituídas por vírus inativados, fracionados e
purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença.
Segundo
Janaína, quem tomar a vacina não ficará gripado, como muitos pensam. O que pode
ocorrer, em alguns casos, são “manifestações, como dor no local da injeção,
eritema e enduração, que ocorrem em 15% a 20% dos pacientes, geralmente
resolvidas em 48 horas. Pode ocorrer também febre, mal estar e dor no corpo de
6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias, sendo notificadas
em menos de 1% dos vacinados. Estas reações são benignas e autolimitadas”,
explicou.
A cobertura vacinal no Estado em 2017 foi de 91,2%. Mesmo
tendo alcançado a meta geral, grupos como crianças e gestantes, alcançaram
pouco mais de 80%.
Tripla
proteção
A vacina
trivalente, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
protege contra os três principais tipos do vírus da gripe que mais circulam no
Estado e no país, o Influenza A H1N1 e H3N2 e o Influenza B. Segundo Janaína
Almeida, os grupos prioritários devem se vacinar todos os anos, já que a
imunidade contra o vírus cai progressivamente e o vírus passa por
frequentes mutações.
Gripe
em Minas
Em 2017,
houve 300 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por
influenza em Minas, destes, 50 evoluíram para óbito. Do total de mortes
confirmadas, a maioria (33) foi por influenza A/H3.
Em 2018, de janeiro até
o dia 9/04, dos casos associados a Influenza, 83,3% (10/ 12) eram
Influenza A e 16,7% (2/ 12 ) Influenza B. Naqueles em que foi identificado o
vírus A, o subtipo A/H3 sazonal é o de maior proporção com 80,0% (8 /10 ).
Os municípios que tiveram
casos registrados de SRAG causados pelo vírus da Influenza foram:
Belo Horizonte (5 casos Influenza A/ H3 Sazonal); Contagem,
Uberlândia e Varginha ( 1 caso cada cidade de Influenza A/ H3 Sazonal); Araguari
e Juatuba ( 1 caso cada cidade de Influenza A ( H1NI) pdm09); Juiz de
Fora e Lagoa Santa ( 1 caso cada de Influenza B).
Outras informações no boletim epidemiológico
Quem
pode receber a vacina pelo SUS
-
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias);
-
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
-
Gestantes;
-
Puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto);
-
Mulheres e homens com 60 anos ou mais;
-
Trabalhadores de saúde
- Povos
indígenas
- Pessoas
privadas de liberdade
-
Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais que
comprometam a imunidade
-
Professores de escolas públicas ou privadas
SEGOV