Publicado em 12/01/2021 - saude - Da Redação
E o calor intenso continua
neste Janeiro de 2021, o ano da vacina para acabar com a covid 19.
Chove à noite, quase todos os dias, o que já é alguma coisa. Escrevi um
pouco e li jornais, nestes dias quando a gente evita sair de casa, além de ver
meu seriado favorito. Tenho lido um pouco, também, que é bom poder usufruir de
um pouco de poesia em dias tão difíceis, quando a pandemia está aumentando,
devido ao descaso do povo, que se aglomera em praias, festas, baladas, etc. E
sorvendo boas prosas, também. Neste mês de janeiro os números já estão altos
demais, ultrapassando de novo mil mortos por dia e chegando à mais de oitenta
mil novos casos em alguns dias. Já passamos a nefasta marca dos duzentos mil mortos
no Brasil.
Nosso
neto Rio mora em Lisboa. Lá em Portugal está muito frio, está nevando até no
Alentejo. Em Lisboa, as mínimas beiram a temperatura de neve, dois graus. E a
segunda onda da pandemia está muito forte por lá, também. Os números também batem
recordes: mais de cem mortos por dia e
quase dez mil novos casos confirmados diariamente. O Rio tá certo em ficar em
casa bem agasalhado. Ele está sempre ocupado, brincando, cantando, contando
histórias, pintando, tocando violão de verdade – ele tem um para o tamanho dele
-, ou contrabaixo de mentirinha, lendo e ouvindo música. Ele está sempre de bom
humor, graças a Deus. Neste mês de janeiro, completa um ano e ove meses. É um
cara muito fofo, que fala pelos cotovelos o seu bebenês fluente.
E,
apesar da vacina acenar pra gente, aqui no Brasil, a pandemia continua mais
forte e a extrema pobreza ameaça milhares, milhões de brasileiros, que não têm
emprego e, portanto, nenhuma renda com a crise instalada com o coronavírus, por
causa dos fechamentos de quase tudo, na tentativa de conter a doença. Uma nova
rodada do auxílio emergencial tornou-se um dos temas centrais na disputa pelo
comando do Congresso Nacional. Na Câmara, os dois principais candidatos já se
posicionaram a favor de discutir a retomada dos pagamentos. Com mais de 200 mil
vítimas fatais da covid-19 no País, a pressão é crescente entre os
parlamentares e já entrou no radar do Ministério da Economia. A equipe
econômica avalia que, caso seja necessário renovar o benefício, o valor
precisará ficar abaixo dos R$ 300 pagos entre setembro e dezembro do ano
passado, o que resolveria quase nada, cá pra nós. Mas é preciso fazer alguma
coisa. O próprio ministro da Economia já admitiu publicamente a possibilidade
de renovação do benefício, com a segunda onda da covid-19, mas nenhum movimento
foi feito até agora, à espera de sinalizações do Ministério da Saúde e do
presidanta Bolsonaro. O discurso, segundo os donos do poder, é que um benefício
de R$ 300 ou mais é financeiramente insustentável. Mas se não houver o auxílio
emergencial, a economia afundará ainda mais, pois as pessoas não terão dinheiro
nenhum para girá-la, além do que nos colocará à beira do colapso total, pois as
pessoas passarão fome e não terão onde morar, sem dinheiro e sem trabalho.
O
Brasil tem registrado mais de mil mortos por dia, na última semana, chegando a
mil e quatrocentos e tantos, num dos dias. São números estratosféricos que
tendem a aumentar, já que estamos quase completando duas semanas das festas de
ano novo, quando as aglomerações pelo país bateram recorde, com quase ninguém
usando máscaras. Os casos confirmados já totalizam mais de oito milhões de
brasileiros que já tiveram ou têm o novo coronavírus.
Vamos
nos cuidar. É preciso. Mesmo que a vacinação comece, precisamos continuar nos
cuidando, pois só estaremos seguros depois que mais de oitenta por cento da
população do mundo estiver vacinada. Então, até lá, precisamos seguir os
protocolos sanitários, usando máscaras, cumprindo o distanciamento físico,
lavando as mãos, saindo de casa apenas se for estritamente necessário. A
banalização da doença só fará com que ela se agrave. Há que nos
conscientizarmos disso.